Brasil: Após três anos presos por engano no lugar do ‘Serial Killer de Maceió’, irmãos podem ser inocentados

Três irmãos da periferia de Maceió podem ser absolvidos em cinco processos de assassinato, após verdadeiro autor confessar crime.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

 

Três irmãos da periferia de Maceió, presos preventivamente desde 2021 sob a acusação de envolvimento em oito assassinatos, podem finalmente ser absolvidos. Novas provas apontam que os crimes foram, na verdade, cometidos pelo ex-agente penitenciário Albino Santos de Lima, conhecido como o “Serial Killer de Maceió”, que confessou os homicídios. A defesa dos irmãos entrou com um pedido de absolvição nos cinco processos restantes.

Prisão baseada em denúncias frágeis

O advogado Arnon de Mello, responsável pelo caso, explicou que os irmãos foram alvo de cinco denúncias formais do Ministério Público de Alagoas (MP-AL), enquanto nos outros três assassinatos chegaram a ser inocentados por falta de provas. O caso, que ganhou repercussão nacional, ficou conhecido como “Caso dos Irmãos Antônio”, já que os três compartilham o mesmo primeiro nome.

“Eles foram presos porque eram pobres, negros e moradores de uma região periférica. A polícia alegou que os homicídios estavam ligados ao tráfico de drogas e que os irmãos seriam os responsáveis. Mas nada disso foi comprovado. As acusações foram baseadas em denúncias anônimas e testemunhas que apenas relataram o que ouviram dizer”, afirmou o advogado.

Confissão do verdadeiro assassino

A reviravolta no caso aconteceu após a confissão de Albino Santos de Lima. Entre as vítimas do assassino confesso está Genilda Maria da Conceição, de 75 anos, morta em 2019 na frente do neto de 10 anos, no bairro Chã da Jaqueira, em Maceió. Com essa confissão, o número de assassinatos atribuídos ao ex-agente penitenciário chegou a 18 mortes.

Provas da inocência

A defesa dos irmãos conseguiu demonstrar a inconsistência das acusações ao apresentar laudos periciais sobre a arma usada nos crimes e registros telefônicos que comprovaram a presença de Albino nos locais dos assassinatos. Diante dessas evidências, a justiça determinou a soltura dos irmãos. Agora, o pedido de absolvição busca encerrar de vez um erro que os manteve presos por três anos.

 

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