
Parceria prevê investimentos estratégicos e novo modelo de cooperação econômica.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
A Ucrânia e os Estados Unidos assinaram um acordo para a exploração conjunta de recursos minerais, incluindo petróleo e gás, estabelecendo uma nova fase na relação entre os dois países. O pacto, fechado em 24 de fevereiro, visa fortalecer a economia ucraniana enquanto amplia a presença americana no setor energético da região.
Um dos principais pontos do acordo é a criação de um fundo especial, onde a Ucrânia destinará 50% dos rendimentos obtidos com a exploração desses recursos.
A proposta original dos EUA incluía um limite de até US$ 500 bilhões em participação nas receitas, mas essa cláusula foi retirada após negociações lideradas por Kiev.
Os valores arrecadados pelo fundo serão utilizados exclusivamente para o desenvolvimento de novos projetos no país, sem interferir nas operações já conduzidas pelas estatais Naftogaz e Ukrnafta.
Apesar de não conter garantias formais de segurança, o governo ucraniano considera os termos positivos para seus interesses estratégicos.
O caminho até o acordo
A vice-primeira-ministra e ministra da Justiça da Ucrânia, Olha Stefanishyna, que esteve à frente das negociações, explicou que “ouvimos várias vezes do governo dos EUA que ele faz parte de um quadro maior”.
Inicialmente, o ex-presidente Donald Trump propôs que a Ucrânia cedesse metade de sua arrecadação mineral até atingir o teto de US$ 500 bilhões, mas o presidente Volodymyr Zelensky rejeitou essa condição. Após ajustes, o documento final recebeu aprovação dos ministérios ucranianos responsáveis pela Justiça, Economia e Relações Exteriores.
Agora, o texto aguarda a ratificação pelo Parlamento da Ucrânia antes de entrar em vigor.
Próximos passos
A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o acordo representa um avanço estratégico para ambos os países, mas não forneceu mais detalhes sobre as próximas etapas do processo.
Volodymyr Zelensky deve viajar a Washington nas próximas semanas para consolidar o acordo. Espera-se que sua visita inclua uma cerimônia oficial na Casa Branca, reforçando o compromisso entre os governos ucraniano e americano.
O pacto surge em um momento de redefinição da política externa dos EUA. Após anos de forte assistência militar à Ucrânia, Donald Trump agora busca uma abordagem diplomática diferente, abrindo espaço para negociações diretas com a Rússia.
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