
Estado concentra 90% dos casos da doença no Brasil.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
O Ministério da Saúde, em parceria com a Fiocruz, a Embrapa e as secretarias estaduais e municipais de saúde, está conduzindo uma avaliação da eficácia de inseticidas e repelentes contra o Culicoides, mosquito transmissor do vírus Oropouche. A pesquisa busca compreender melhor o impacto das medidas já utilizadas para combater o Aedes aegypti na população desses insetos e fornecer diretrizes para controle e prevenção da doença.
O Espírito Santo se tornou o epicentro da epidemia no Brasil, registrando 4.317 casos confirmados até a sexta semana epidemiológica de 2025. Esse número é alarmante, considerando que no mesmo período do ano passado não houve registros da doença no estado. Em todo o Brasil, já são 4.847 casos confirmados, segundo dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde.
Ampliação da testagem e novas estratégias
O aumento dos casos no Espírito Santo e em outros estados está relacionado à ampliação da testagem para o vírus Oropouche em todo o país. Desde 2023, o Ministério da Saúde identificou que muitos pacientes com sintomas semelhantes aos da dengue, Zika e chikungunya estavam testando negativo para essas doenças. A partir disso, foram incluídos exames para Oropouche, permitindo a identificação de casos autóctones – aqueles adquiridos dentro do próprio estado.
Diante do avanço da doença, especialistas discutem novas estratégias de controle. Atualmente, não há evidências suficientes sobre a eficácia do uso de inseticidas e repelentes contra o Culicoides. O Ministério da Saúde recomenda algumas medidas preventivas, como o uso de roupas que cubram a pele, instalação de telas de malha fina em janelas e a eliminação de matéria orgânica acumulada no solo, que pode servir de criadouro para os insetos.
A ampliação das ações de vigilância e conscientização da população são essenciais para conter a propagação do vírus. A situação epidemiológica do Oropouche segue sendo monitorada de perto pelo governo federal e pelos especialistas, com novas orientações sendo divulgadas conforme os avanços científicos.
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