Especialistas pedem monitoramento e medidas de controle para conter a disseminação do vírus H5N1.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) emitiu um alerta sobre os riscos crescentes da gripe aviária H5N1 para a segurança alimentar global. A propagação do vírus entre aves de capoeira, animais selvagens e mamíferos, incluindo gado leiteiro nos Estados Unidos, levanta preocupações sobre o abastecimento de alimentos e os impactos econômicos da doença.
Segundo a FAO e a Organização Mundial da Saúde (OMS), embora a transmissão sustentada entre humanos não tenha sido confirmada, o aumento de infecções em mamíferos requer uma vigilância rigorosa. “Precisamos de uma resposta coordenada, incluindo monitoramento epidemiológico, controle de surtos e reforço das medidas de biossegurança”, afirmou a FAO em comunicado oficial.
Nos últimos anos, o vírus se espalhou globalmente entre aves selvagens e domésticas, causando prejuízos significativos para a indústria avícola. Em dezembro de 2024, o Reino Unido anunciou o armazenamento de cinco milhões de doses de vacina contra a gripe aviária, como medida preventiva caso o vírus sofra mutações que facilitem a transmissão entre humanos.
Atualmente, cientistas europeus identificaram 34 mutações genéticas que podem aumentar a adaptação do vírus ao organismo humano. Apesar disso, especialistas destacam que o risco de pandemia ainda é considerado baixo. A OMS recomenda que países reforcem a vigilância sanitária e adotem protocolos para conter possíveis surtos.
A cooperação internacional é vista como essencial para mitigar os impactos da gripe aviária na saúde e na economia. “A prevenção e o controle eficazes do vírus exigem ações coordenadas entre governos, produtores e instituições de pesquisa”, conclui o relatório da FAO.
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