Brasil: operação resgata 25 trabalhadores em condições análogas à escravidão no Amazonas

Entre os resgatados estavam três menores de idade; investigação seguirá para punir responsáveis. 

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

Uma operação conjunta realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pela Inspeção do Trabalho resultou no resgate de 25 trabalhadores, incluindo três menores de idade, que estavam em condições análogas à escravidão na região de Borba, no Rio Madeira, Amazonas.

A ação, que ocorreu no último fim de semana, foi coordenada pela Polícia Federal (PF) e contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Polícia Ambiental Militar do Amazonas.

Trabalho escravo em garimpos ilegais

De acordo com os auditores-fiscais do Trabalho, os trabalhadores resgatados estavam sendo explorados em garimpos ilegais e viviam em condições degradantes, sem acesso a água potável, moradia digna ou alimentação adequada. Além disso, muitos não recebiam salários regulares e trabalhavam sob ameaças e dívidas impostas pelos empregadores, um método comum em casos de trabalho análogo à escravidão.

A operação faz parte de uma ação mais ampla para combater o trabalho escravo no setor de garimpo, atividade frequentemente associada a crimes ambientais, exploração de mão de obra e tráfico de pessoas.

Investigação e punição dos responsáveis

A Inspeção do Trabalho continuará investigando o caso para identificar e punir os exploradores envolvidos no crime. Já o Ministério Público do Trabalho (MPT) tomará todas as medidas legais necessárias para garantir que os responsáveis sejam responsabilizados e que os trabalhadores resgatados recebam indenizações e os direitos trabalhistas devidos.

Assistência às vítimas

Os trabalhadores resgatados terão acesso ao seguro-desemprego e serão encaminhados para redes de assistência social, onde receberão suporte para reconstruir suas vidas.

O combate ao trabalho escravo no Brasil segue como prioridade, especialmente em regiões vulneráveis à exploração. A operação no Amazonas reforça o compromisso das autoridades em garantir direitos básicos e combater crimes que violam a dignidade humana.

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