Autoridades dos EUA desmantelam rede criminosa envolvida em lavagem de dinheiro milionária

Foto: reprodução
Ação histórica prende 16 suspeitos e apreende milhões em bens ilícitos; líderes usavam salas de jogos para encobrir esquema que movimentou mais de US$ 22 milhões.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA

Em uma demonstração clara de que o crime não compensa, as autoridades dos Estados Unidos deflagraram, em 2 de abril, uma operação massiva contra uma organização criminosa que explorava salas de jogos ilegais na região de Houston. O grupo é acusado de movimentar mais de US$ 22 milhões por meio de atividades ilícitas que incluíam não apenas jogos de azar clandestinos, mas também lavagem de dinheiro e suborno.

Coordenada pelo Departamento de Imigração e Alfândega, a ação mobilizou mais de 700 agentes federais, estaduais e locais.

Ao todo, 16 pessoas foram presas, incluindo o suposto líder da organização, Nizar Ali, de 61 anos, residente em Richmond. Outros nomes envolvidos incluem Naeem Ali, Amer Khan, Ishan Dhuka, Sahil Karovalia, Precela Solis, Maria Delarosa, Sarfarez Maredia, Shoaib Maredia, Yolanda Figueroa, Viviana Alvarado, Anabel Eloisa Guevarra, Claudia Calderon e Lucia Hernandez. Já Sayed Ali e Stephanie Huerta permanecem foragidos.

As acusações que pesam sobre os envolvidos são graves e numerosas. Eles são apontados por participarem de uma organização criminosa que comandava cassinos clandestinos, lavava grandes somas de dinheiro e cruzava fronteiras estaduais para sustentar o esquema.

As penalidades previstas podem somar décadas atrás das grades.

Um dos principais acusados, Nizar Ali, ainda é investigado por ter supostamente repassado mais de US$ 500 mil a um agente disfarçado, em uma tentativa de corromper o sistema e garantir proteção às atividades ilegais que comandava.

As autoridades apreenderam, ao longo da operação, cerca de 2.000 máquinas caça-níqueis, oito armas de fogo e aproximadamente cem relógios de alto valor. Também foram confiscados mais de US$ 5 milhões em imóveis e automóveis, além de cerca de US$ 11 milhões em dinheiro vivo e em contas bancárias.

A rede agia com sofisticação: usava fachadas de estabelecimentos como “El Portal” e “Yellow Building” para disfarçar seus verdadeiros negócios.

O objetivo era claro — enriquecer às custas da ilegalidade e corromper as instituições responsáveis por manter a ordem.

A justiça, no entanto, agiu com rigor. A acusação foi formalizada em 26 de março, mas só foi revelada após a deflagração da operação. Os envolvidos agora enfrentam multas que podem ultrapassar meio milhão de dólares, além de penas de até 20 anos, especialmente no que diz respeito à lavagem de dinheiro.

O caso está nas mãos dos assistentes dos EUA S. Mark McIntyre, John Marck e Carolyn Ferko, com apoio dos promotores Brandon Fyffe e Tyler Foster, responsáveis pela recuperação dos bens.

Em tempos onde organizações criminosas buscam se disfarçar sob a aparência de negócios comuns, esta operação representa uma vitória da lei e uma mensagem direta: quem escolhe o caminho da ilegalidade, mais cedo ou mais tarde, enfrentará as consequências.

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