Brasil: chefão do tráfico comandava esquema milionário de dentro da cadeia e tentava subornar policiais com R$ 200 mil

Ação da PF em Alagoas e mais seis estados desmantela rede criminosa que movimentava grandes valores por meio de contas bancárias falsas e tentava corromper agentes públicos.

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

A Polícia Federal realizou, na manhã desta quarta-feira (30), a Operação Metamorfo, voltada para o combate a uma organização criminosa especializada em tráfico de entorpecentes e lavagem de dinheiro. As ações ocorreram simultaneamente em cidades de Alagoas, além dos estados de Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e São Paulo.

Foram cumpridos nove mandados de prisão temporária e 14 de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal. As ordens judiciais se concentraram nas cidades de Maceió, Arapiraca, Santana do Ipanema e Campo Alegre, além de municípios dos outros seis estados envolvidos na operação.

A investigação teve início após a PF identificar que um conhecido traficante de drogas atuante em Alagoas utilizava documentos de identidade falsos para se esconder da Justiça e continuar comandando suas operações ilícitas. Durante as diligências, foi descoberto que o suspeito chegou a ser preso na Paraíba e, no momento da detenção, tentou subornar os policiais oferecendo R$ 200 mil, o que resultou na inclusão do crime de corrupção ativa no inquérito.

Mesmo detido em um presídio de João Pessoa (PB), o investigado continuava liderando o esquema criminoso. Segundo a apuração, ele movimentava recursos ilícitos por meio de contas bancárias abertas com documentos forjados. Os depósitos, na maioria das vezes, partiam de indivíduos com histórico de envolvimento com o tráfico de drogas e eram transferidos para contas de terceiros — especialmente moradores de Arapiraca — que não apresentavam compatibilidade financeira com os valores movimentados.

De acordo com a PF, o dinheiro era, posteriormente, revertido para o líder da organização ou enviado a outro traficante que operava no estado de São Paulo. Além do tráfico de drogas, a organização criminosa também atuava fortemente na lavagem de dinheiro e dissimulação de bens, usando esses recursos para aquisição de imóveis, veículos e outros patrimônios, dificultando o rastreamento pelas autoridades.

A Polícia Federal prossegue com as investigações para identificar todos os envolvidos e ampliar o levantamento patrimonial dos suspeitos, com o objetivo de bloquear os bens adquiridos de forma ilícita.

“Esta operação demonstra o compromisso da PF em sufocar financeiramente organizações criminosas e responsabilizar seus integrantes, mesmo que tentem se esconder sob falsas identidades e artifícios bancários”, destacou o delegado responsável pelo caso.

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