Brasil: Polícia Federal desarticula esquema milionário de fraudes bancárias

Investigação revela esquema que movimentou milhões em contas de laranjas. 

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

A Polícia Federal (PF) realizou, nesta terça-feira (1º), uma grande operação para desmantelar uma organização criminosa especializada em fraudes bancárias e lavagem de dinheiro. Batizada de Operação Tripeiros, a ação cumpriu 12 mandados de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão em diversos estados brasileiros.

O grupo criminoso utilizava um esquema sofisticado para desviar valores de instituições financeiras e ocultar o destino dos recursos. Segundo as autoridades, os criminosos chegaram a subtrair cerca de R$ 1 milhão em um único dia de um banco público. O valor foi distribuído entre aproximadamente 70 contas bancárias registradas em nome de terceiros, conhecidos como “laranjas”. Esse dinheiro foi pulverizado em contas espalhadas por Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

A PF também obteve autorização judicial para o sequestro de bens dos envolvidos, com ordens de bloqueio patrimonial em São Paulo, Goiás, Santa Catarina e Ceará.

Modus operandi da organização criminosa

A investigação revelou que a quadrilha atuava em diferentes frentes. Enquanto alguns integrantes eram responsáveis por acessar e desviar recursos de contas bancárias, outros recrutavam indivíduos para emprestar suas contas e movimentar o dinheiro de forma disfarçada.

Esse método dificulta o rastreamento dos valores e impede que as autoridades recuperem o montante total desviado. Os investigados poderão responder pelos crimes de furto qualificado mediante fraude, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Expansão do crime organizado para o ambiente digital

Nos últimos anos, especialistas têm observado uma migração das facções criminosas para o mundo virtual, ampliando a atuação dessas organizações em crimes financeiros sofisticados. A Polícia Federal acompanha essa movimentação e conta com um núcleo especializado no combate a crimes cibernéticos.

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), somente em 2024, foram registrados prejuízos de R$ 2,7 bilhões em golpes e fraudes bancárias, evidenciando a gravidade da situação. O Pix, sistema de pagamentos instantâneos, tem sido um dos principais alvos das quadrilhas, devido à rapidez e dificuldade de reversão das transações.

A Polícia Federal continua investigando o caso e busca identificar outros envolvidos no esquema criminoso.

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