
Operação cumpre mandados no DF e em Goiás para apurar fraudes que causaram prejuízo de mais de R$ 11 milhões ao banco e a seus clientes. Dinheiro teria sido enviado a sites de apostas e contas de terceiros.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (27) uma operação para investigar um suposto esquema criminoso dentro da Caixa Econômica Federal, que teria resultado em um desvio superior a R$ 11 milhões. Um funcionário do banco estatal é apontado como o principal suspeito de operar o esquema, que envolvia transações via Pix realizadas sem autorização dos clientes.
De acordo com os investigadores, o dinheiro era desviado diretamente das contas bancárias, sem que os correntistas percebessem as movimentações. As transações eram feitas de forma eletrônica e direcionadas, em parte, para empresas de apostas online. A PF também investiga o uso de contas de terceiros, conhecidas como “laranjas”, para tentar ocultar a origem e o destino final dos valores.
Apuração começou com investigação interna da Caixa
A fraude foi descoberta após uma auditoria interna da própria Caixa, que detectou movimentações irregulares e acionou a PF. A partir daí, as autoridades identificaram indícios dos crimes de furto mediante fraude eletrônica, peculato (apropriação indevida de recursos públicos por servidor) e lavagem de dinheiro.
Nesta fase da operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, quebra de sigilo bancário, fiscal e de dados, além do sequestro de bens relacionados ao investigado. As ordens judiciais foram autorizadas pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal.
A operação ocorre de forma conjunta com outra investigação, chamada “Não Seja um Laranja”, que busca desarticular redes criminosas que usam contas de terceiros para movimentar dinheiro ilícito, especialmente no Distrito Federal e em Goiás.
Investigado tinha acesso privilegiado aos sistemas do banco
Segundo a PF, o servidor suspeito atuava em uma área estratégica, com acesso direto aos sistemas internos da instituição, o que pode ter facilitado a execução da fraude sem despertar suspeitas imediatas. A estimativa oficial é de que os desvios somem exatamente R$ 11.111.863,13.
A Polícia Federal segue investigando se há outros envolvidos, além do funcionário apontado como líder do esquema. A Caixa informou que continua colaborando com as autoridades e reforçou que está adotando medidas para proteger seus clientes e impedir novas fraudes.
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