
Acordo reduz tarifas britânicas e amplia espaço para produtos norte-americanos no mercado europeu.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quinta-feira (8) que Washington e Londres chegaram a um novo entendimento comercial, consolidando mais um avanço estratégico desde seu retorno ao governo. A medida reforça a política econômica pró-indústria nacional defendida por sua administração.
Durante anúncio realizado no Salão Oval, Trump destacou o impacto positivo da parceria. “Isso abre um mercado enorme para nós”, afirmou o presidente, referindo-se ao potencial de expansão das exportações americanas no mercado britânico.
O entendimento prevê que os produtos vindos do Reino Unido continuarão sujeitos a uma tarifa de 10% ao entrarem nos Estados Unidos. Em contrapartida, Londres aceitou cortar significativamente suas tarifas sobre bens americanos, reduzindo-as de 5,1% para 1,8%. A decisão também inclui maior abertura para mercadorias dos EUA em setores estratégicos.
Por telefone, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, celebrou o acordo. “Este é um dia realmente fantástico e histórico”, declarou, reforçando o compromisso do Reino Unido com a diversificação de suas parcerias comerciais no período pós-Brexit.
Ao longo das últimas semanas, autoridades americanas intensificaram diálogos com diversos países, buscando saídas diplomáticas para as medidas tarifárias anunciadas em abril, quando a Casa Branca aplicou uma tarifa geral de 10% sobre a maioria dos parceiros comerciais. O pacto com o Reino Unido surge como o primeiro resultado concreto dessas negociações.
No contexto britânico, a iniciativa atende a uma pressão crescente por soluções econômicas que estimulem o crescimento e o comércio exterior. O governo Starmer tem priorizado acordos bilaterais como forma de equilibrar relações com potências como Estados Unidos, China e União Europeia, mantendo certa distância política de alianças mais fechadas.
Embora analistas considerem que os efeitos imediatos sobre o PIB de ambos os países serão modestos, há uma leitura favorável de longo prazo, com benefícios para cadeias produtivas e investidores. Para Trump, esse acordo simboliza uma reafirmação da força americana na condução de sua política comercial, sempre em defesa da competitividade e da soberania econômica dos EUA.
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