Brasil cria sala de situação para monitorar vírus respiratórios e influenza aviária

Foto: Internet
Ministério da Saúde intensifica vigilância epidemiológica diante do aumento de infecções respiratórias e focos da gripe aviária no país.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

Diante do aumento dos casos de infecções respiratórias e da detecção de focos ativos de Influenza Aviária (H5N1) em animais no país, o Ministério da Saúde do Brasil anunciou, nesta segunda-feira (16 de junho de 2025), a criação da Sala de Situação Nacional para Monitoramento e Resposta à Infecção por Vírus Respiratórios.

A medida, oficializada por meio da Portaria GM/MS nº 7.235, tem como objetivo central fortalecer a vigilância, prevenir surtos e garantir respostas rápidas e coordenadas a emergências de saúde pública relacionadas a vírus respiratórios, incluindo influenza aviária, COVID-19, influenza sazonal, vírus sincicial respiratório (VSR) e outros agentes.

Por que a sala de situação foi criada?

A decisão ocorre em meio ao crescimento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e da presença crescente de focos da gripe aviária (H5N1), que, apesar de estar restrita a aves e animais silvestres no Brasil, representa uma ameaça potencial à saúde pública, conforme alertas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

“A criação da sala é uma medida estratégica para intensificar a vigilância e a articulação entre os setores da saúde, agropecuária e vigilância sanitária, permitindo uma resposta ágil diante de qualquer emergência”, explica o Ministério da Saúde em nota oficial.

Objetivos principais da Sala de Situação

  • Monitorar continuamente o cenário epidemiológico da Influenza Aviária no Brasil e no exterior.

  • Articular ações conjuntas com órgãos parceiros, como o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Anvisa, Defesa Civil e organizações não governamentais.

  • Apoiar a execução do Plano de Contingência Nacional do Setor Saúde para enfrentamento da Influenza Aviária e outras infecções respiratórias.

  • Acompanhar a evolução dos casos de vírus respiratórios associados à SRAG, incluindo influenza, COVID-19 e VSR.

  • Analisar cenários de risco e recomendar medidas preventivas, podendo, quando necessário, ativar os Centros de Operações de Emergência (COE).

  • Coordenar ações de comunicação de risco, alinhadas às diretrizes do Ministério da Saúde e da OMS, para orientar a população.

  • Organizar o deslocamento de equipes e recursos, além de prover suporte técnico para as áreas de vigilância e atenção à saúde nos estados e municípios.

Principais atividades realizadas pela Sala

  • Monitoramento em tempo real da evolução dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país.

  • Acompanhamento dos focos ativos de Influenza Aviária, tanto em animais quanto em eventuais casos suspeitos em humanos.

  • Integração das informações com sistemas de vigilância nacional e internacional.

  • Produção de boletins epidemiológicos, alertas e informes técnicos regulares para orientar a rede de saúde.

  • Apoio à gestão de leitos, recursos e mobilização de equipes em situações de emergência.

Contexto global e preocupação com a influenza aviária

O avanço da gripe aviária (H5N1) em diversos países, com registros inéditos de transmissão para mamíferos, incluindo casos isolados em humanos, acendeu um alerta mundial. Até o momento, no Brasil, a doença foi detectada apenas em aves silvestres e de criação, sem registro confirmado de transmissão para pessoas.

Ainda assim, a preocupação persiste, especialmente devido ao aumento das infecções respiratórias sazonais e às possíveis mutações do vírus, que poderiam facilitar a transmissão entre humanos.

“A influenza aviária é uma ameaça real à saúde global. A vigilância constante é essencial para prevenir surtos e proteger a população”, reforça o Ministério da Saúde.

Compromisso com a saúde pública

Com a instalação da Sala de Situação, o Brasil fortalece seu compromisso com a vigilância epidemiológica ativa, a resposta rápida e a gestão integrada de riscos sanitários, somando esforços para enfrentar tanto os desafios sazonais das infecções respiratórias quanto as ameaças emergentes, como a influenza aviária.

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