Polícia Federal apura fraudes em contratos de tecnologia da informação que teriam causado prejuízo superior a R$ 100 milhões aos cofres públicos.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
A Polícia Federal, em ação conjunta com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta quinta-feira (12) a Operação Dia Zero, voltada para desmantelar uma suposta organização criminosa responsável por desviar recursos federais destinados à saúde pública do município de Salvador, na Bahia.
A operação tem como foco a investigação de contratos suspeitos firmados entre a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador e uma organização social contratada para prestação de serviços de tecnologia da informação na rede pública de saúde. Segundo apurações iniciais, o acordo irregular teria se estendido por quase uma década, inclusive com pagamentos realizados sem respaldo contratual ou sem comprovação efetiva da prestação de serviços.
Prejuízo milionário aos cofres públicos
Durante o cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão nas cidades de Salvador, Mata de São João, Itapetinga (BA) e Maceió (AL), os agentes da Polícia Federal também deram início ao bloqueio judicial de contas bancárias, imóveis e bens dos investigados. O valor total bloqueado chega a R$ 100 milhões, de acordo com decisão da Justiça Federal da Bahia.
Além do sequestro de bens, a Justiça determinou o afastamento temporário de servidores públicos suspeitos de envolvimento no esquema, a fim de evitar interferência nas investigações ou destruição de provas.
Crimes investigados
Os suspeitos poderão ser responsabilizados por uma série de crimes graves, entre eles:
Fraude em licitação
Peculato (apropriação indevida de recursos públicos)
Corrupção ativa e passiva
Associação criminosa
Lavagem de dinheiro
A Polícia Federal segue analisando documentos e registros eletrônicos apreendidos, buscando identificar outros possíveis participantes do esquema, bem como dimensionar o real prejuízo causado ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo a CGU, o desvio de recursos federais impactou diretamente os serviços de atendimento à população, prejudicando o acesso de pacientes a procedimentos e consultas na rede pública de Salvador.
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