
Ações integradas das Forças de Segurança desmontam núcleos ligados a organizações criminosas atuantes no Maranhão, Pará e Pernambuco. Investigações também alcançam suspeitos em Santa Catarina.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Em uma grande ofensiva contra o crime organizado, forças de segurança pública realizaram operações simultâneas nos estados do Maranhão, Pará, Pernambuco e Santa Catarina. As ações, deflagradas pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), resultaram na prisão de duas mulheres em Pernambuco, além do cumprimento de diversos mandados de prisão e busca em outras regiões do país.
Em Pernambuco, duas suspeitas foram capturadas em locais distintos. A primeira foi detida na cidade do Recife e, segundo os investigadores, é considerada peça-chave de uma facção criminosa com ramificações no estado do Pará. As autoridades apontam que a mulher atuava como coordenadora das atividades da organização no território pernambucano, facilitando a comunicação entre os grupos.
A segunda mulher foi localizada em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife. Com 37 anos, ela é suspeita de manter vínculos diretos com criminosos do Maranhão. Durante o cumprimento da ordem judicial em sua residência, foram encontrados 12 aparelhos celulares, oito cartões bancários e um automóvel, reforçando as suspeitas de participação em atividades ilícitas.
As prisões fazem parte de duas investigações paralelas: uma no Maranhão, chamada de Operação Descenso, e outra no Pará, batizada de Operação Provisão. As apurações miraram lideranças e integrantes de facções de alcance nacional, com envolvimento em crimes como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, homicídios, porte ilegal de armas e organização criminosa.
No Maranhão, os alvos da operação estariam envolvidos em coordenação de ataques, controle de arsenais e movimentações financeiras ilícitas em cidades como São Luís, Chapadinha e Itinga do Maranhão, além de conexões com criminosos fora do estado. Ao todo, foram expedidos 12 mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão. Também foi autorizado o bloqueio de bens avaliados em até R$ 26 milhões, pertencentes aos investigados.
Já no Pará, a operação focou em uma facção rival, com mandados sendo cumpridos em cinco municípios, incluindo Belém e Ananindeua. Além disso, ações foram realizadas em Santa Catarina e Pernambuco. Durante as buscas, a polícia apreendeu drogas, munições, aparelhos celulares e dinheiro em espécie, reforçando as evidências contra o grupo.
As operações demonstram a capacidade de articulação entre diferentes forças de segurança pública do país. A FICCO é composta por agentes da Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Penal, além de integrantes das secretarias estaduais de segurança pública.
As investigações seguem em andamento e novas prisões não estão descartadas.
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