Brasil: PF desmonta facções e apreende R$ 50 milhões em bens de luxo em operação no Sul de MG e SP

Ação coordenada prendeu mais de 30 suspeitos ligados a crimes como tráfico, roubo a bancos, lavagem de dinheiro e uso de empresas de fachada para movimentar R$ 50 milhões em bens ilícitos.

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

Belo Horizonte (MG), 26 de junho de 2025 — A Polícia Federal, em articulação com a Polícia Militar de Minas Gerais, deflagrou nesta quinta-feira (26) uma operação de grande escala para desarticular duas organizações criminosas interligadas, com forte atuação no Sul de Minas Gerais e em municípios do interior de São Paulo. Os grupos são suspeitos de envolvimento em crimes considerados hediondos e de alta periculosidade.

Ao todo, estão sendo cumpridos 18 mandados de prisão temporária, 16 mandados de prisão preventiva e 80 ordens de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Alfenas (MG). Os alvos da operação se concentram nas cidades de Alfenas, Poços de Caldas e outras localidades da região sul-mineira, além de pontos estratégicos no noroeste paulista.

A operação, que contou também com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, é fruto de um ano de investigações sigilosas, e revelou um esquema altamente articulado, responsável por crimes como tráfico de drogas e armas, extorsão, lavagem de dinheiro, receptação, roubo e furto qualificado, além de adulteração de veículos.

Durante o cumprimento dos mandados, diversos bens de alto valor foram apreendidos, incluindo carros de luxo, imóveis, embarcações, valores em contas bancárias, além de documentos e dispositivos eletrônicos. Estima-se que as organizações tenham movimentado cerca de R$ 50 milhões em recursos de origem criminosa, muitos deles ocultados por meio de empresas de fachada e “laranjas”.

Entre as medidas executadas, está também a coleta de material genético de quatro investigados, suspeitos de envolvimento em assaltos a instituições financeiras. O DNA será inserido na Rede Integrada de Perfis Genéticos (RIBPG), do Ministério da Justiça, com o objetivo de cruzar dados em investigações futuras.

Segundo a Polícia Federal, os grupos mantinham uma estrutura sofisticada de atuação interestadual, o que exigiu o envolvimento de diferentes forças policiais para o cerco simultâneo em vários municípios.

A operação segue em andamento e novas prisões não estão descartadas. A Justiça determinou o bloqueio de bens e o sequestro patrimonial para garantir reparação às vítimas e evitar a dissipação dos recursos ilícitos.

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