
Kilmar Abrego Garcia vivia legalmente nos Estados Unidos, com autorização para trabalho, quando foi preso por agentes do ICE em março sob a acusação de pertencer à gangue MS-13, o que ele nega.
Por Chico Gomes | GNEWSUSA
Deportado por engano pelos EUA e colocado em uma megaprisão em El Salvador, o imigrante legal Kilmar Abrego Garcia retornou ao país nesta sexta-feira (6), onde será julgado por envolvimento num esquema de facilitação de entrada de imigrantes ilegais na nação norte-americana.
Kilmar vivia legalmente nos Estados Unidos e tinha visto de trabalho, quando foi detido por agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) no dia 12 de março, sob acusação de fazer parte da gangue MS-13, o que ele refuta de forma veemente.
Em abril, a Justiça determinou que o governo providenciasse a volta do imigrante ao país, mas a Casa Branca argumentou que não tinha como fazer isso porque ele estava sob a responsabilidade das autoridades de El Salvador. Contudo, o governo americano conseguiu chegar a um acordo com as autoridades salvadorenhas e repatriaram Abrego.
Ontem a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, fez um agradecimento ao governo de El Salvador pela cooperação e afirmou que o imigrante regresso deve ser julgado nos Estados Unidos por envolvimento num esquema ilegal de entrada de pessoas de maneira irregular na américa.
A defesa de Kilmar disse que o governo brincou com a vida de seu cliente. “Não estamos lutando apenas por Kilmar — estamos lutando para garantir que os direitos ao devido processo legal sejam protegidos para todos. Porque amanhã, isso pode acontecer com qualquer um de nós — se deixarmos o poder passar despercebido, se ignorarmos nossa Constituição”, afirmou.
Em um documento judicial, um oficial do ICE declarou que Abrego Garcia foi colocado erroneamente em um avião rumo a El Salvador. O documento também informa que o homem, que é casado e tem um filho de 5 anos nos EUA, tinha proteção judicial contra deportação.
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