
Em busca de parcerias estratégicas, delegação brasileira discute ações conjuntas com autoridades estrangeiras
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
A criminalidade organizada deixou de ser um problema restrito às fronteiras nacionais e se transformou em um desafio global. Com esse pano de fundo, mais de 50 países se reuniram em Haia, nos Países Baixos, para a European Police Chiefs Convention (EPCC) 2025, realizada nos dias 23 e 24 de setembro.
Durante a missão oficial, representantes da Polícia Federal se reuniram com autoridades de diferentes países para discutir mecanismos de cooperação no combate ao crime organizado. O objetivo é fortalecer o intercâmbio de informações e criar estratégias conjuntas contra o tráfico internacional, a lavagem de dinheiro e outros delitos transnacionais.
Brasília destacou, em suas falas, que a cooperação internacional é hoje indispensável. Não se trata apenas de compartilhar informações, mas de construir estratégias conjuntas capazes de responder com agilidade à expansão do crime transnacional.
Além de participar dos painéis principais, a PF aproveitou a conferência para manter reuniões bilaterais com autoridades do Reino Unido, Portugal, Macedônia do Norte, Emirados Árabes Unidos e Holanda. Nessas conversas, entraram em pauta investigações cibernéticas, combate ao tráfico de pessoas e fortalecimento de mecanismos de rastreamento financeiro.
A ligação do Brasil com a Europol não começou agora. Desde 2020, o país mantém representação no organismo europeu e hoje participa de aproximadamente 90 iniciativas conjuntas. Entre os focos estão o tráfico internacional de drogas, crimes ambientais e delitos digitais, áreas em que a integração internacional tem mostrado resultados práticos.
O encontro deste ano reforçou a percepção de que nenhum país consegue agir sozinho diante das redes criminosas, que se movem com rapidez, exploram brechas legais e utilizam tecnologias inovadoras para se manterem ativas. Para a Polícia Federal, a participação na EPCC 2025 representa um passo a mais na consolidação do Brasil como ator relevante no enfrentamento à criminalidade organizada em escala global.
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