Sob sol escaldante, manifestantes se reuniram em Brasília e Brasília pedindo recusa de Dino no STF
Por Nicole Cunha | GNEWUSA
No último domingo (10) pela manhã, a Esplanada dos Ministérios em Brasília foi palco de manifestações, onde participantes vestidos de verde e amarelo expressaram seu descontentamento com a indicação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O Ato e a presença de 3 Mil pessoas
Ao menos oito senadores estiveram presentes em uma manifestação que contou com um público aquém do esperado. O ato teve o objetivo de criticar a indicação de Flávio Dino (PSB-MA) ao STF, mas a presença ficou abaixo das estimativas iniciais.
Cerca de 3 mil pessoas participaram do ato, promovido por políticos do PL e cidadãos de direita. A segurança foi reforçada com 700 policiais, ante a previsão inicial de 10 mil manifestantes. Em entrevista ao UOL, o senador Seif expressou incerteza sobre os votos contrários a Dino.

Críticas a Flávio Dino
Durante a manifestação, o senador Seif destacou preocupações sobre a liberdade e rotulou Dino como uma ameaça à democracia. As bandeiras do Brasil dividiram espaço com as de Israel, em conflito com o grupo Hamas. Além disso, pedidos de impeachment contra o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes foram evidentes nas faixas.
“Esse cara é uma ameaça à liberdade. Esse cara já disse a posição dele sobre liberdade de expressão, é um inimigo da democracia, é leninista, stalinista, persegue inimigo político, cala imprensa, compra imprensa, que manda matar. Não podemos ter isso no nosso país“, disse Seif.
Apesar do tamanho do público, políticos presentes enfatizaram a relevância do evento. Para os deputados, significa mais do que o número de pessoas, mas sim o retorno do povo às ruas.
“Não importa [o tamanho]. Importa que o povo perdeu o medo. Hoje é o primeiro evento depois de 8 de janeiro. O povo tá aí de novo“, opinou Jorge Seif.
Cobranças ao Senado
O senador Magno Malta cobrou ação do ministro do STF André Mendonça, assim como Flávio Dino, ambos indicados por Jair Bolsonaro e Lula, respectivamente. Aliados e apoiadores do ex-presidente Bolsonaro marcaram presença, endossando as pautas do evento em meio a discursos sobre a guerra política, cultural e espiritual que, segundo eles, o país enfrenta.
“Vocês sabem por que as penas são 17 anos? Porque 17 era o número de Bolsonaro. Vocês sabem porque a multa foi de R$ 22 milhões? Porque o número dele [Bolsonaro] é 22. Vocês sabem por que marcaram a sabatina de Dino no dia 13? Porque é o número do PT. É para debochar do povo, do Senado e da Câmara Federal“, disse Magno Malta.
Em um momento de oração, o senador Eduardo Girão pediu intervenção divina para que os senadores, ao votarem, considerem os próximos 26 anos da nação. A próxima votação crucial está agendada para o dia 13, e as manifestações continuam alimentando as tensões políticas no país.
“A guerra que nós estamos vivendo é política, cultural, mas sobretudo espiritual. Quem está no comando é Deus. Eu peço a vocês que até o dia 13, que não foi por acaso, que oremos de joelhos pedindo a intervenção de Deus para que o senadores ao votarem pensem nos próximos 26 anos de quem vai ficar nessa nação.“, disse Girão.
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