
Dados do Banco Central revelam agravamento das contas públicas e preocupam especialistas
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O Banco Central divulgou na última segunda-feira (29) que o déficit nominal do setor público consolidado atingiu R$ 1,108 trilhão no acumulado dos últimos 12 meses até junho de 2024, o que representa 9,92% do PIB (Produto Interno Bruto). Esse valor marca um recorde histórico desde o início da série em 2002 e supera o saldo negativo de R$ 1,062 trilhão registrado em maio.
Em junho de 2024, o déficit nominal foi de R$ 135,7 bilhões, uma ligeira melhora em comparação aos R$ 138,3 bilhões de maio. “Houve uma melhora modesta de R$ 8 bilhões de maio de 2024 para junho de 2024. A redução não é suficiente para indicar uma reversão da curva. Será necessário esperar os dados dos próximos meses”, afirmou um especialista.
Sem juros, rombo ainda é significativo
Desconsiderando os gastos com juros, o déficit primário do setor público consolidado, que inclui União, Estados e municípios, chegou a R$ 272,2 bilhões nos 12 meses encerrados em junho de 2024. Este valor mostra uma deterioração em relação ao déficit de R$ 24,3 bilhões registrado no mesmo período do ano anterior.
Mesmo com um aumento real de 9,08% na arrecadação no primeiro semestre de 2024, totalizando R$ 1,3 trilhão, o desempenho negativo das contas públicas persistiu. Em junho, o déficit primário foi de R$ 40,9 bilhões, o maior valor para o mês desde 2023.
Impacto dos juros da dívida
Nos 12 meses até junho de 2024, o gasto com juros da dívida totalizou R$ 835,7 bilhões, representando 7,48% do PIB, um aumento significativo em comparação aos R$ 638,1 bilhões (6,06% do PIB) do ano anterior. Somente em junho de 2024, os juros custaram R$ 94,9 bilhões, contra R$ 40,7 bilhões no mesmo mês de 2023.
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