Santuário selado por milênios é revelado em Jerusalém

Pesquisadores acreditam que a estrutura pode estar ligada à destruição de locais de culto mencionada na Bíblia.

Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

 

Uma descoberta arqueológica impressionante, datando de quase três mil anos, foi realizada em Jerusalém, nas proximidades do Monte do Templo. A estrutura, esculpida na rocha, é composta por oito salas que incluem um altar, uma pedra sagrada e prensas utilizadas na produção de azeite e vinho.

  • As informações sobre essa extraordinária descoberta foram publicadas no periódico “Atiqot”, da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA).

Embora as escavações tenham iniciado em 2010, parte da estrutura já havia sido identificada em 1909 por Montague Parker, um britânico que buscava a Arca da Aliança e outros artefatos.

Pesquisadores acreditam que a destruição dessa estrutura possa ser mencionada na Bíblia. O texto sagrado relata que Ezequias, um ancestral direto de Jesus, desmantelou locais de culto durante uma reforma religiosa. Eli Shukron, diretor das escavações da IAA, sugere que o santuário remonta ao período do reinado de Ezequias.

“A estrutura deixou de funcionar no século VIII a.C., possivelmente como parte das reformas religiosas do rei Ezequias. Segundo a Bíblia, ele conseguiu centralizar o culto no templo de Jerusalém, eliminando rituais locais espalhados pelo reino”, destacou Shukron. “A Bíblia menciona que, durante o período do Primeiro Templo, existiram locais de culto adicionais fora do templo. Dois reis de Judá – Ezequias e Josias – implementaram reformas para extinguir esses locais e concentrar a adoração no templo.”

Ambos os monarcas são reconhecidos como avós paternos de Jesus no Evangelho de Mateus. A ação de Ezequias contra os ‘lugares altos’ é descrita no segundo livro de Reis, que relata que ele “removeu os lugares altos, cortou as pedras sagradas” e “fez o que era certo aos olhos do Senhor”. Uma pedra sagrada foi encontrada preservada no local, o que traz um significado especial à descoberta.

Shukron considera essa descoberta “a mais significativa e impactante da escavação”.

Esse é o elemento que transforma este lugar em um local de culto. Quando o encontramos, a pedra estava em pé, rodeada por outras pedras. Ela foi coberta por terra e permaneceu intacta – ninguém a destruiu. Quando a descobrimos, ela estava exatamente como há 2.800 anos“, afirmou ele.

Além disso, uma das salas revelou os restos de um altar, com um canal de drenagem ainda visível em um de seus cantos. Em outra área do sítio, foram encontradas enigmáticas esculturas em forma de V no chão, cujo uso permanece incerto, mas que poderiam ter servido como suporte para algum equipamento ritual.

Os arqueólogos também desenterraram uma valiosa coleção de artefatos do século VIII a.C., escondidos atrás de uma parede em uma caverna. Entre os itens, estavam panelas, jarros com fragmentos de inscrições hebraicas antigas e selos decorativos.

 

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