Trump recebe carta de deputado dos EUA exigindo sanções contra Moraes por perseguição política

Documento menciona violações de direitos humanos, uso da Interpol e ataques à liberdade de expressão.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA

A pressão contra Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, ganhou um novo capítulo no cenário internacional. O deputado republicano Chris Smith, copresidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Representantes dos EUA, enviou um telegrama ao secretário de Estado, Marco Rubio, exigindo providências do governo Trump.

A iniciativa de Smith ocorreu após o depoimento do jornalista Paulo Figueiredo na comissão americana. Durante a sessão, Figueiredo apontou o ministro brasileiro como responsável por uma grave campanha de “repressão transnacional”. As denúncias causaram forte reação entre parlamentares.

Na correspondência oficial, Smith destacou o impacto do depoimento. Segundo o deputado, “o jornalista investigativo brasileiro deu um testemunho convincente e alarmante ao Congresso de que o governo do Brasil continua a perseguir brasileiros dentro dos Estados Unidos.”

Ao longo do documento, o congressista reforça que a resposta americana precisa ser rápida, deixando claro que as sanções devem alcançar também outras autoridades brasileiras envolvidas em práticas semelhantes.

Outros episódios recentes foram utilizados por Smith para fundamentar a cobrança. Ele lembrou que presidiu em 7 de maio uma audiência na Subcomissão de Assuntos Externos da Câmara, intitulada “Brasil: uma crise de democracia, liberdade e Estado de direito”, em que novos relatos de abusos e violações de direitos humanos por autoridades brasileiras foram apresentados.

Uma tentativa anterior de comunicação com Moraes também foi mencionada. No dia 21 de junho, o parlamentar enviou uma carta diretamente ao ministro, solicitando explicações sobre violações de direitos fundamentais, mas não obteve qualquer resposta até agora.

No texto enviado a Rubio, o deputado também detalha os mecanismos usados por autoridades brasileiras para perseguir opositores que vivem nos Estados Unidos. Entre os pontos citados, ele destaca o uso da Interpol para localizar dissidentes, tentativas de contornar a cooperação oficial com o sistema de justiça dos EUA, e pressões sobre empresas americanas para restringir a liberdade de expressão — uma afronta direta à Constituição do país.

Smith aproveitou para elogiar a postura de Rubio durante audiência no Comitê de Assuntos Externos da Câmara, ocorrida em 21 de maio, na qual o secretário declarou que o governo Trump avalia aplicar a Lei Magnitsky contra Moraes. Mesmo assim, o parlamentar foi categórico ao pedir celeridade e efetividade do governo na aplicação das sanções.

O documento de Smith ganhou ampla repercussão depois de ser divulgado pelo deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, que atualmente reside nos Estados Unidos. Ele acompanha de perto as articulações junto aos republicanos no Congresso americano. Até o momento, nem ele nem Smith comentaram publicamente os próximos passos do processo.

A nova diretriz anunciada pelo Departamento de Estado dos EUA no dia 28, que prevê punições a autoridades estrangeiras envolvidas em censura contra cidadãos americanos, pode acelerar a ofensiva contra Moraes. O cerco político e diplomático parece estar apenas começando.

Leia mais 

Mbappé processa PSG por assédio moral e cobra R$ 358 milhões na Justiça

Governo Trump surpreende e revela quem quer ver no lugar de Lula em 2026

Fluminense segura pressão do Mamelodi, empata e avança às oitavas do Mundial de Clubes

 

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*