
Júlio César Cuel, acusado por pedofilia em New Jersey, será julgado no próximo dia 17 de julho, domingo. Familiares e amigos cobram que a justiça seja feita e que Júlio Cuel seja efetivamente penalizado pelos atos envolvendo crianças de 7 e 12 anos.
Em depoimento exclusivo, Marco (pai das meninas) enfatizou a frieza de Julio, além de ressaltar a importância da Audiência que acontecerá em breve.
“O que eu espero desse julgamento, e eu tenho 100% de certeza que ele vai ser preso, é que isso sirva de alerta para as famílias que vivem nos Estados Unidos, e que estão em busca de um sonho, a não colocarem na mesma casa mesmo pensando em ajudar essa pessoa, não façam; principalmente se você tem filhos(as), eu nunca imaginei que isso poderia acontecer. 17 de julho será uma data marcante em nossas vidas, porque será aonde a felicidade retornará para nossa família. É muito triste escutar sua filha perguntando que dia será o o julgamento e que dia ele será preso, e nós não termos uma reposta definida. Mas, com certeza, após essa audiência, nós teremos uma sentença que irá marcar as nossas vidas”, disse. Sua esposa, indignada com o caso pontuou. “Que a justiça seja feita, que ele pague pelos crimes que cometeu, e que fique preso por um bom tempo”.
• Confira a Nota Técnica do Advogado que está acompanhando o caso, Dr. Richard Lacrose de Almeida:
“Conforme autorizado pelos genitores das vítimas menores, no processo criminal onde figura como réu Júlio Cezar Cuel, eu, Richard Lacrose, assistente de acusação das referidas vítimas, envio a referida nota técnica.
O ora réu foi denunciado pelo Ministério Público do Espírito Santo onde assim a denúncia foi recebida pelo Poder Judiciário do Espírito Santo e audiência de instrução designada para dia 17/07/2023 na capital capixaba.
Após terem sido anexas todas provas processuais, e já ofertada defesa prévia pelos advogados de defesa do réu, nosso escritório na condição de assistente de acusação das vítimas e seus genitores, iremos suplicar conforme previsão legal a condenação do réu, em virtude da presença de todos indícios e provas constantes nos autos processuais.
O referido processo tramita em segredo de justiça logo diante de tal situação não podemos fornecer cópias dos autos. Porém a movimentação do processo pode ser consultada perante sistema de consulta pública do TJ-Espirito Santo.
Sendo finalizada a devida audiência na data de 17/07/2023, o MP-ES, assistência de acusação e defesa do réu irão ofertar alegações finais em forma de memoriais e assim o processo ficará concluso para sentença judicial. Em caso de não finalização da audiência de instrução, será redesignada data para continuação desta e a posterior finalização.
Atenciosamente, Richard Lacrose de Almeida, OAB/BA 60.354. 14/07/2023.”
ENTENDA O CASO:
A Polícia Federal prendeu o brasileiro Julio Cezar Cuel, em Cariacica, no Espírito Santo. O homem, de 44 anos, é acusado de pedofilia contra duas meninas de 7 e 12 anos, em New Jersey, ambas filhas de um primo dele. Ele estava nos Estados Unidos há cerca de 3 anos, e estava fugitivo.
Ele foi preso após uma operação realizada nessa sexta. Várias viaturas da Polícia Federal e da Polícia Civil fizeram um cerco em uma rua do bairro Campo Verde. Julio ainda tentou fugir, pulando um muro, mas foi capturado em seguida.
Na ocasião, o repórter investigativo Thathyanno Desa também questionou sobre porque Julio não se entregou à polícia. “Pretendo fazer isso, sim. Estou esperando a orientação de uma parente que acabou de chegar do Brasil. ficou de vir pra ver se conseguir um advogado pra mim. Para entender porque estão fazendo isso comigo. Estou pensando. Só estou esperando um advogado. Eu sou imigrante aqui e não estou legal. Meu outro medo é a deportação”, disse.
Segundo Julio, essas são acusações falsas. “Eu não abusei de nenhuma criança. Posso sim ter falado algumas coisas, pela apresentação de alguns vídeos, conversando com a menina, pois em alguns vídeos, ela fala em inglês. Eu não sei falar inglês direito, não sei falar datas em inglês. E tem muitas partes dos videos que foram cortadas. Não está no contexto. É uma armação que eu não sei explicar. Só a justiça pode explicar”, revelou Julio.
Marco, pai das meninas, contou detalhes da relação com Julio e os episódios até descobrir que as meninas haviam sido abusadas. “Ele chegou aqui em 2018. E antes de vir para cá, ele me ligou. Disse ‘primo, eu quero ir para os EUA. Será que vale a pena?’ Disse que queria mudar a vida dele no Brasil e ir em busca de uma vida melhor. Eu disse para vir, ser mais um familiar aqui. A gente tem uma carência de família aqui. Mas perguntei se ele já tinha alugado casa, uma reserva para chegar aqui e se manter por uns meses, e ele disse que tinha uma reserva, mas que não tinha alugado. Disse que tinha pegado um AirBNB por uma semana até achar uma casa. E eu disse que nós íamos receber ele. Pegamos ele no aeroporto e fomos direto para a casa dele. Eu disse que era um lugar que não era bom, era perigoso. Estava com esposa e criança. E se ele quisesse ficar uma semana lá em casa, depois nós iríamos procurar uma casa. Aqui, um ajuda o outro. Brasileiro ajuda brasileiro. E ele ficou lá uma semana, e nesse tempo arrumamos uma casa para ele e ajeitamos. Ele ficou uma semana, demos apoio, ele comprou as coisas. Depois de uma semana, ele se estabeleceu e fomos procurar trabalho para ele. Ele arrumou e foi tocando a vida dele”, contou, sobre a chegada dele no país.
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