PF prende mulher do Faraó dos Bitcoins nos Estados Unidos por lavagem de dinheiro

Foto: Reprodução.
 Mirelis Diaz Zerpa, esposa de Glaidson Acácio dos Santos, foi capturada em Chicago devido à ilegalidade de permanência no país; investigações apontam para lavagem de cerca de R$ 38 bilhões entre 2015 e 2021
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

A Polícia Federal brasileira realizou a prisão de Mirelis Diaz Zerpa, esposa do conhecido “Faraó dos Bitcoins”, Glaidson Acácio dos Santos, em Chicago, nos Estados Unidos. A ação, que ocorreu devido à ilegalidade de permanência no país, contou com a cooperação do U.S Immigrations and Customs Enforcement (ICE) e do Serviço Secreto norte-americano.

Mirelis estava foragida há mais de dois anos, acusada de liderar um esquema de pirâmide financeira disfarçado de investimento em bitcoins. O mandado de prisão contra ela foi expedido pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, envolvendo crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, lavagem de dinheiro e integração de organização criminosa.

As investigações da PF apontam que Mirelis e o marido lavaram cerca de R$ 38 bilhões entre 2015 e 2021. A Operação Kryptos revelou que a venezuelana era proprietária de uma empresa de consultoria em Cabo Frio, na região dos Lagos do Rio de Janeiro, que oferecia investimentos em bitcoin com promessas de altos rendimentos fixos mensais, chegando a aproximadamente 10%. O esquema, no entanto, não possuía autorização da Comissão de Valores Mobiliários.

Em nota, a defesa de Mirelis alegou que ela possui um habeas corpus relativo à operação da PF, expedido pelo Superior Tribunal de Justiça, e que a prisão decorreu de “uma irregularidade formal no visto, o que era de seu desconhecimento e de seus advogados, e está em vias de ser esclarecido”.

Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins”, encontra-se preso desde agosto de 2021, respondendo a 13 ações penais. Ele foi detido em uma mansão no Rio de Janeiro, onde a PF encontrou mais de R$ 13,8 milhões em dinheiro e barras de ouro.

O empresário tem seis prisões preventivas decretadas e afirmou, durante seu depoimento na CPI das Criptomoedas, que sua empresa não operava como fachada para um esquema de pirâmide financeira. Sua esposa, Mirelis, também expressou sua perspectiva de estar enfrentando uma “injustiça que nunca imaginou que viveria”.

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