Novo tipo sanguíneo “Er” pode ajudar a prevenir complicações em transfusões e gravidez

Vladislav Polishchuk/istock
Pesquisadores da Universidade de Bristol descobrem variante rara que pode salvar vidas, especialmente em casos de incompatibilidade sanguínea.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

Cientistas da Universidade de Bristol, no Reino Unido, e do NHS Blood and Transplant (NHSBT) fizeram uma descoberta que pode transformar a medicina transfusional e salvar vidas: um novo sistema sanguíneo denominado “Er”. Esse grupo sanguíneo foi identificado pela primeira vez em 1982, mas só agora sua importância clínica foi totalmente compreendida.

A pesquisa, publicada na revista Blood, revela que a tipagem “Er” inclui cinco variantes, entre elas o Er^a, Er^b, Er3, e duas novas variantes Er4 e Er5. Um dos marcos do estudo foi identificar que essas variações estão associadas a um gene conhecido como PIEZO1, que já é familiar na ciência médica devido à sua conexão com outras doenças. O PIEZO1 está envolvido na sensibilidade mecânica dos glóbulos vermelhos, sendo crucial para a formação dos antígenos Er na superfície celular​.

A descoberta teve um impacto importante na compreensão de complicações graves, como a doença hemolítica em fetos e reações adversas em transfusões de sangue. A incompatibilidade sanguínea, um problema que ocorre quando o sangue de uma pessoa não é compatível com o de outra, pode levar a reações imunológicas fatais. Durante a gravidez, isso pode resultar em danos ao feto, caso o sistema imunológico da mãe ataque os glóbulos vermelhos do bebê, algo que pode ser evitado com a detecção precoce dos tipos sanguíneos raros, como o “Er”​.

Além disso, a pesquisa sugeriu que o Er5 pode ser mais prevalente em populações africanas, levantando a possibilidade de que esse tipo sanguíneo ofereça alguma proteção contra a malária, um estudo que pode ser explorado em investigações futuras​.

Essa descoberta vem como uma esperança para os médicos, pois agora terão uma ferramenta adicional para prevenir complicações fatais em transfusões de sangue e durante o acompanhamento de gravidezes de risco, marcando um avanço significativo na medicina transfusional e na saúde materno-infantil.

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