No sábado 08/07 o governo do Peru declarou estado de emergência sanitária, após aumento significativo da síndrome de Guillain-Barré. A medida é válida por 90 dias sendo anunciada em conjunto com a destinação de 12 milhões de soles, que equivalem à cerca de R$ 16 milhões, para a compra de insumos.
Foram registrados 248 mortos e ultrapassando 146.000 casos da doença no primeiro semestre de 2023, segundo dados do Ministério da Saúde local.
César Vásquez, ministro da saúde peruano afirmou que a decisão foi tomada após “um incremento importante [de casos] durante as últimas semanas”, que exige “ações do Estado para proteger a saúde e a vida da população”.
O que é síndrome de Guillain-Barré?
A síndrome de Guillain Barré é uma doença autoimune, nos quais o próprio sistema imunológico passa a atacar certas partes do corpo. Neste caso em específico, o sistema nervoso periférico, responsável por fazer a comunicação entre o cérebro e as diferentes regiões e estruturas do nosso organismo, é a região acometida. Além disso, segundo o Ministério da Saúde do Brasil, a síndrome de Guillain Barré é geralmente provocada por um processo infeccioso prévio. Os possíveis gatilhos para desencadear a doença são: ampylobacter, uma das bactérias por trás da diarreia; Zika; Dengue; Chikungunya; Citomegalovírus; Vírus Epstein-Barr; Influenza A (um dos causadores da gripe); Mycoplasma pneumoniae; Enterovírus D68; Hepatites A, B e C; HIV; Sars-CoV-2 (causador da Covid-19).
Quais os sintomas?
A síndrome começa a se apresentar com formigamentos ou uma sensação de fraqueza. As sensações costumam se iniciar nos membros inferiores (pernas e pés) e progredir, “subindo” para o tronco, braços e mãos ao longo do tempo, seguido de dormência; comichões (coceira); dor e problemas de equilíbrio e coordenação.
A infectologista Raquel Stucchi, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), acrescenta que o Guillain Barré também está eventualmente associado a uma reação vacinal, embora esse efeito colateral seja considerado raro.
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