Práticas ilegais em processos de imigração

Alerta sobre riscos em consultas e representações em processos de imigração sem advogado – Acompanhe a entrevista.

Thathyanno Desa, repórter investigativo e CEO do GN USA WEBTV e GnewsUSA, entrou em contato com Lisiane Trentini após receber denúncias e se deparar com um convite da profissional para um evento em South Carolina. No pôster , ela prometia consultas gratuitas sobre regularização imigratória, suscitando dúvidas sobre a legalidade dos serviços prestados por Lisiane como Paralegal. A seguir, apresentamos os detalhes da entrevista que destaca práticas potencialmente ilegais e as respostas de Lisiane diante das preocupações levantadas.

O repórter investigativo questionou Lisiane sobre sua atuação como Paralegal e a legalidade de seus serviços.

Thathyanno: Quando você diz que é Paralegal, você deve trabalhar para um escritório. Qual seria?

Lisiane: Para o meu próprio escritório LM Immigration.

Thathyanno: Você não trabalha para um escritório?

Lisiane: Não, eu trabalhava para um escritório, só que eu saí para abrir o meu próprio escritório.

Thathyanno: E quem é o advogado que trabalha com você?

Lisiane: Eu não tenho advogado que trabalha comigo.

Thathyanno destacou que um Paralegal não pode atuar sem a supervisão de um advogado, especialmente ao oferecer consultas em outro estado. Lisiane afirmou ter sua licença de Paralegal, mas Thathyanno enfatizou que isso não autoriza consultas.

Lisiane questionou sobre o processo de imigração, argumentando que qualquer pessoa pode apresentar um pedido de asilo sem um advogado. Thathyanno esclareceu que qualquer pessoa pode fazer, mas sem um advogado para respaldar juridicamente, é um problema.

Lisiane ressaltou ter um advogado para representação em corte caso fosse necessário.

Thathyanno: Você não pode dar consultas e fechar contratos sem um advogado ao seu lado. Isso é ilegal.

Lisiane defendeu-se, afirmando que informa a todos que não é advogada para representação em tribunal.

Lisiane: Fala para mim, que eu não estou entendendo, se eu tenho a licença para fazer o processo e se a pessoa pode fazer por conta própria e se a pessoa paga para mim para eu representa-la, o que tem de errado nisso?

Thathyanno Desa: Você acabou de falar uma palavra que juridicamente se falar isso para um agente de imigração ou Juiz você correria o risco de repentinamente ser presa, em seguida, pergunta para ela. Você está representando quem? Qual respaldo jurídico você tem para representar alguém?  Thathyanno Desa esclarece que ela não é advogada, por isso, não poderia representar ninguém.

Lisiane: E se uma pessoa está pedindo ajuda para fazer o processo pra ela?

Thathyanno Desa: Esta pessoa está no entendimento de que você é advogada.

Lisiane: Mesmo eu falando que não sou advogada, a responsabilidade é minha?

Thathyanno Desa: Olha o seu pôster que eu mandei para você, em momento nenhum que você fala que não é advogada. O que dá a entender isso? Que você esta confundindo a cabeça das pessoas. No pôster diz: consulta gratuita, regularização imigratória, LM Imigration, no qual, você convida para um coffee break. Onde tá dizendo aqui que você não é advogada e porque que você não coloca isso? Porque ninguém vai aparecer no evento. Qual momento do seu cartaz está dizendo que você é Paralegal? Onde está dizendo que você é Paralegal?

 

Lisiane: Realmente isso ai eu não deixei claro.

Thathyanno Desa: Você esta confundindo a cabeça das pessoas, a dar um entendimento que você é uma advogada. Com esse pôster aqui, você pode se complicar bastante, e se você colocar que é paralegal, você será perseguida pelas pessoas e até mesmo pelos advogados, caso vejam essa publicação, vão denunciar você para imigração.

Lisiane: Eu entendi.

Thathyanno concluiu alertando Lisiane sobre a confusão causada por suas práticas e a necessidade de esclarecer seu papel como Paralegal, sugerindo uma possível reconsideração de sua participação no evento. Lisiane concordou em discutir a situação com seu advogado e Felipe, reconhecendo a importância de esclarecer sua atuação diante das restrições legais.

Thathyanno Desa procurou a advogada de imigração Dra. Gabriely Jabour para obter esclarecimentos legais detalhados nos EUA. Jabour destacou a importância de consultar apenas advogados licenciados nos EUA, alertando sobre os perigos associados ao uso de paralegais, enfatizando que estes podem resultar em custos significativos e exposição a processos de deportação. Além disso, ela ressaltou que paralegais e notários públicos não podem representar clientes perante autoridades de imigração, e nenhum profissional pode garantir resultados, deixando a decisão final nas mãos do juiz ou oficial de imigração. Para mais informações, a advogada Dra. Gabriely Jabour está disponível para orientações e serviços especializados pelo número +1 (781) 787-2676.

Além disso, o repórter também entrou em contato com Filipe, o dono do evento, e esclareceu a ele os riscos de permitir que Lisiane participe, oferecendo consultas sobre processos de imigração, dado que ela não é advogada, mas apenas uma paralegal. Após a explicação, Filipe agradeceu pelas informações e imediatamente ligou para Lisiane, cancelando sua participação e os serviços no evento.

 

1 Comentário

  1. Bom dia, minha família foi vítima desta pessoa e conheço outras pessoas estão sendo enganadas por ela. No meu caso ela disse que nos representaria na court , e em nenhum momento disse que não era advogada, nos cobrou 9 mil dólares prometendo work permit e social security.Nós confiamos que seríamos representados e quando chegou na semana da court perguntei a ela quem iria nos representar só aí que ela disse que não era advogada e era pra nós procurarmos um advogado a parte. Ficamos sem chão e sem dinheiro, fomos sem advogados mesmo,e não temos dinheiro pra pagar advogado pra próxima court pq todo dinheiro que tínhamos passamos pra ela.

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