EUA diz que “Síndrome de Havana” foi causada por micro-ondas

Um novo relatório do Departamento de Estado dos EUA indica que a radiofrequência, um tipo de radiação com micro-ondas, é a causa mais provável da chamada “Síndrome de Havana”.

A investigação pedida pelo Departamento de Estado, baseou-se nos sintomas apresentados por diplomatas norte-americanos em Havana, o que levou a que, em setembro de 2017, os Estados Unidos ordenassem a retirada da maioria do pessoal diplomático da ilha. Na altura, pediram também aos compatriotas que não viajassem para Cuba e suspenderam a emissão de vistos na embaixada em Havana.

Pelo menos 26 funcionários e diplomatas norte-americanos e 14 canadianos destacados na capital cubana apresentaram sintomas como lesões cerebrais, tonturas, dores de cabeça e falta de capacidade de concentração por motivos desconhecidos, num caso que ficou conhecido como “Síndrome de Havana”.

Em 2018, foram conhecidos, pelo menos, dois casos semelhantes na China que foram atribuídos a possíveis “ataques com radiação sónica” ao pessoal diplomático norte-americano em Cuba.

“O comité considerou que muitos dos sinais clínicos e sintomas apresentados por aqueles funcionários eram consentâneos com efeitos de energia de micro-ondas pulsada e dirigida” , indicou o relatório, difundido este domingo pela publicação The Hill.

Todavia, o relatório não confirma que a energia tenha sido direcionada com intenção, mas também não descarta a possibilidade de ter sido emitida através de uma arma, acrescenta a publicação.

O estudo analisou quatro causas passíveis de causar os sintomas: infeção, produtos químicos, fatores psicológicos e energia de micro-ondas. “Em geral, a energia de micro-ondas pulsada dirigida (…) parece ser o mecanismo mais plausível para explicar esses casos entre os que foram considerados”, indicou o estudo.

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