
De um menino da periferia da República Dominicana ao símbolo de um movimento musical no Brasil, a trajetória de El Veneco é uma verdadeira homenagem à resiliência e ao poder transformador da arte.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
Nascido em 1973, El Veneco – como ficou conhecido no cenário musical brasileiro – enfrentou desafios desde cedo. Com apenas 18 anos, perdeu o pai e, pouco tempo depois, viu-se diante de decisões difíceis para escapar da violência e das dificuldades econômicas em seu país natal. Migrou ainda jovem para a Venezuela, onde reencontrou parte da família, e lá viveu até 1994, quando um acontecimento trágico – o assassinato do cunhado – o levou a buscar um novo começo: o Brasil.

Chegou por Boa Vista (RR) com o irmão e um amigo, trazendo na bagagem o sonho de conquistar os palcos com a força da música latina. O início foi duro – noites ao relento, fome, incertezas – mas também marcado por solidariedade e persistência. A primeira morada foi a Praça da Polícia, em Manaus, onde, após dias nas ruas, foram acolhidos por uma mulher que reconheceu neles respeito, disciplina e determinação.
A partir daí, El Veneco passou por cidades do Norte do Brasil, incluindo Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO), até retornar a Manaus, onde deu os primeiros passos reais na carreira musical. Com o grupo Los Tiburones, gravou seu primeiro CD, que ganhou notoriedade nas casas noturnas da região.

Mas foi na carreira solo que El Veneco consolidou seu nome. A partir dos anos 2000, lançou hits como “Festa no Quintal” (2007) e “Mujacha Louca” (2008), que estouraram no Norte e no Sul do país, impulsionando seu reconhecimento artístico.
Em 2014, uma nova inspiração surgiria: seu filho recém-nascido e um despertar para o cenário político. A partir de então, El Veneco começou a compor músicas com mensagens voltadas ao cenário político brasileiro. Em 2017, lançou “O Mito Chegou”, música que o projetou nacionalmente após ser associada às aparições do então deputado federal Jair Bolsonaro. A canção viralizou e tornou-se um símbolo entre apoiadores.

Mesmo com o reconhecimento político, El Veneco sempre fez questão de destacar que sua base e paixão continuam sendo a música. “Minha história não começou na política. Ela começou com a luta, com a música e com o desejo de levar esperança por meio das minhas letras”, afirma.
Hoje, El Veneco é lembrado não apenas como cantor, compositor e representante da música latina no Brasil, mas como um símbolo de superação, coragem e autenticidade. Uma trajetória que inspira e prova que sonhos, quando regados com esforço e paixão, podem ultrapassar fronteiras.
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Para mim é um honra, fico feliz pela bela homenagem, muito obrigado meus queridos pelo belo trabalho, fico extremamente agradecido.