Justiça Brasileira bate o martelo: Grupo de funk ‘Os Hawaianos’ poderá ter contas bloqueadas para pagar R$ 5,8 milhões aos ex-empresários

 Polêmica Brasileira que mais parece uma Novela Mexicana

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ – Brasil) negou o último recurso possível apresentado pela defesa dos integrantes do grupo ‘Os Hawaianos’, contra o bloqueio de cerca de R$ 5,8 milhões de suas contas bancárias. A determinação partiu da 6ª Vara Cível de Jacarepaguá, no dia 3 de abril de (2023).

“Os dois ex-sócios, Edmar Silva e Vagner Gomes, processaram os 4 integrantes do grupo ‘Os Hawaianos’ e a justiça definiu em agosto de 2022 que houvesse o pagamento da multa milionária em 3 dias ou um recurso, que foi negado de maneira definitiva. Pedimos o bloqueio bancário e das redes sociais e a execução do valor.” Disse Dr. Joabs Sobrinho, advogado responsável pelo caso. 

Imagem da internet

A briga judicial com os ex-empresários dos ‘Os Hawaianos’ começou no início de 2022, após um dos integrantes do grupo, Ewerton Chagas, conhecido como Tonzão,  bloquear Vagner Gomes (que era produtor/empresário na época) sem qualquer justificativa, em um aplicativo de mensagem instantânea, deixando-o sem contato com os artistas em pleno natal(2021). Após inúmeras tentativas de contato, sem sucesso, Vagner e Edmar Silva(segundo empresário investidor do grupo) descobriram que os quatro integrantes quebraram o contrato de exclusividade assinado em 2021(que duraria até 2031), para fechar com o Grupo GR6, produtora do segmento do Funk oriunda de São Paulo.

Entendendo o caso

O grupo de Funk ‘Os Hawaianos’, começou suas atividades em 13 de agosto de 2003 em festas nas comunidades do estado do Rio de Janeiro (BR), e seu estouro musical foi com “Vem kikando” e após a visita de uma apresentadora Global a periferia, os artistas tiveram também a divulgação do hit “O Passinho do Bonequinho”,  que os tirou da Cidade de Deus (Comunidade CDD) para apresentações em todo o Brasil, emissoras de TV e Furacão 2000.

Nesses 20 anos de carreira (que completam em 2023), entre altos e baixos, os cinco artistas, Yuri, Dioguinho, Tonzão, Abel e Gugu, tiveram 2 rompimentos da parceria.  O último retorno do grupo, se deu inicialmente sem a participação de Yuri, sob o nome de ‘Bonde dos Hawaianos’, que foi bancado integralmente e patenteado em nome dos integrantes por Vagner e Edmar. 

Segundo os dois empresários, foram muitas alegrias, dificuldades e celebração do contrato em uma praça pública. Logo no início dos shows, os cachês que estavam abaixo de R$ 600 reais (seiscentos reais) elevaram-se gradualmente conforme o avanço da agenda, chamando a atenção de Yuri, que decidiu voltar para o grupo, liberando a patente ‘Os Hawaianos’, e a partir dali a composição original se consolidava mais uma vez no cenário musical brasileiro e a consequência foi o abandono da nova marca (mas com um contrato ainda vigente, comprometendo o nomes dos quatro artistas). 

Nesta foto estão Vagner e Edmar concedendo uma entrevista para o Domingo Espetacular da TV Record.

Após a junção(2022), com o grupo completo e aumento do faturamento para uma média de R$13 mil (treze mil reais) a R$ 18 mil (dezoito mil reais) por show, em menos de 1 ano da gestão dos empresários, que tiveram gastos com cobertura de custos, os artistas definiram que sairiam do contrato com os profissionais e fecharam com a empresa GR6 sem aviso prévio, com a alegação de que o contrato em vigência não tinha validade jurídica. “Fomos deixados com uma mão na frente e outra atrás após entregarmos nosso sangue para levantá-los. Na primeira oportunidade saíram, fecharam com outra empresa, aproveitaram do nosso início e simplesmente nos disseram que não pagariam nada porque o contrato não era válido. Nos dedicamos por um pouco mais de um ano após uma pandemia, investimos financeiramente para colocá-los novamente na mídia e não cumpriram com a lei brasileira, que garante a fidelidade de contrato com rescisão após a quebra do termo. Eles tinham o direito de romper, mas o ônus é o pagamento da multa. O que me entristece é a falta de reconhecimento e saber que tudo isso poderia ter sido evitado com apenas um acordo e não quiseram sequer atender o telefone ou conversar. Só entramos na justiça por nossos direitos e infelizmente por toda humilhação que sofremos.” Afirmou Vagner

Sobre o processo contra os funkeiros e a vitória dos empresários

Os funkeiros são donos do hit “Desenrola, bate e joga de ladin”, que viralizou nas redes sociais com quase 100 milhões de visualizações no clipe oficial do youtube. A música também foi febre nas plataformas do Instagram, TikTok e Kwai, rendendo turnês na Europa e exposição de fotos com “bolos” de euros nos stories em suas redes sociais.

Imagens extraídas do Instagram.

“A decisão nos trás paz, porque sabemos o que passamos e entendemos que a justiça está sendo feita. Quando vimos que dois integrantes entraram em revelia na ação e os outros dois entraram com um recurso, me entristeceu, mas ao receber essa resposta do Judiciário graças ao trabalho do Dr. Joabs Sobrinho, só reafirmou que toda a documentação e procedimentos feitos entre nós, empresários e os artistas, foi correto. Não estou feliz por ter que pedir na justiça nossos direitos, mas aliviado. Fizemos parte da reconstrução de uma história que se tornou sucesso e agora a justiça reconheceu a idoneidade das nossas palavras, quando nos sacrificamos para levantá-los e nossa boa fé.” Afirmou Edmar Silva, ex-empresário. 

“Me sinto aliviado por ver que a justiça não falha e está sendo feita.” Complementou Vagner Gomes

“A expectativa é o bloqueio das redes sociais, porque tiveram mais de 2 bilhões de acessos nessas plataformas e eles são remunerados por isso. Se alcançarmos o valor, daremos quitação, se não, iremos penhorar os valores dos shows e tudo o que tenha ligação com eles para alcançarmos o valor da execução.”, afirmou o advogado dos empresários, Joabs Sobrinho.

 

 

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