Moraes determinou apreender passaporte de Bolsonaro; PF não achou necessário reter documento

Jair Bolsonaro fala com jornalistas, sobre ação desta manhã (3)

Na operação de hoje o ministro Alexandre de Moraes determinou apreensão do passaporte de Jair Bolsonaro (PL) e demais investigados. O STF informou, no entanto, que o documento não foi apreendido, porque coube à PF decidir o que seria de interesse da investigação. No entanto o celular de Jair Bolsonaro (PL) foi apreendido em sua casa. Ele negou a suspeita, e não forneceu códigos de desbloqueio do celular: “meu telefone não tem senha, não tenho nada a esconder sobre nada”, afirmou

Segundo o gabinete de Moraes, o ministro listou tudo o que “poderia ser apreendido”, mas cabe à PF decidir o que é necessário apreender.

Em posse do aparelho, os peritos da PF buscarão indícios que auxiliem na investigação. Dependendo do que for encontrado, as pegadas digitais podem beneficiar ou serem usadas como provas contra o investigado.

O celular será analisado mediante a autorização da Justiça, assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) Invadir o telefone alheio sem aval judicial é crime e pode anular uma investigação, segundo a APCF (Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais.

 Entenda o que aconteceu:

A PF investiga suspeita de fraude nos registros de vacina do ex-presidente e da filha. Segundo as apurações, teria sido falsamente inserida a informação de que Bolsonaro e a jovem se vacinaram para ambos poderem entrar nos Estados Unidos.

Entretanto Jair Bolsonaro afirma “Não existe adulteração. Eu não tomei a vacina e ponto final. Nunca neguei isso”.

Segundo o ex-presidente, apenas a esposa, Michelle, foi vacinada contra covid-19. “Não tomei a vacina após ler a bula da Pfizer. Minha esposa foi vacinada em 2021, nos Estados Unidos, com a Janssen, e minha filha Laura, de 12 anos, também não tomou vacina.”

“Se eu tivesse que entrar nos EUA e apresentasse cartão, vocês estariam sabendo”, completou o ex-presidente.

A operação foi autorizada por Moraes dentro do inquérito das “milícias digitais”, que já tramita no STF.

A defesa de Bolsonaro informou que ele só deve prestar depoimento após o acesso completo ao processo sobre a suposta fraude de dados sobre vacinação contra a covid-19.

Seis pessoas foram presas na operação deflagrada pela PF, entre elas Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Em entrevista para nossa repórter Fatima Montenegro direto de Brasília, o deputado Ricardo Salles comentou sobre o caso

“É um absurdo, porque em um país que corruptos estão sendo liberados, processos de corrupção com bilhões de reais de desvios, estão sendo anulados, pelos motivos mais fúteis e essas pessoas estão sendo liberadas. E de repente fica parecendo que o grande problema do Brasil é se houve ou não houve um cartão de vacinação, indevido ou inadequado” Afirmou ele.

“Ainda que isso seja um problema, e obviamente o processo judicial serve para apurar isso, desde quando isso é motivo para prender alguém 5 meses depois do fato?” Porque alguém teria falsificado um cartão de vacinação, isso não tem o menor cabimento. Corruptos, assassinos, estuprador sendo tudo liberado em vários casos e o presidente da república e varias outras pessoas tendo um processo de busca e apreensão e prisão, e tudo mais por causa de um cartão de vacinação. Não tem o menor cabimento” completou o deputado.

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Sobre Camila Fernandes / CEO-Brasil 615 Artigos
Jornalista, ela traz consigo uma rica bagagem de experiência e conhecimento no campo da comunicação. Sua dedicação à profissão a consolidou como uma profissional de destaque, cuja paixão pela verdade e pela narrativa precisa a define. Além de suas realizações no jornalismo, Camila também é a CEO da agência de marketing Authentic Media. Seu papel como líder empresarial destaca-se pela capacidade de combinar visão estratégica e criatividade, impulsionando sua agência para o sucesso. Formada em marketing Digital, atualmente Graduanda em Publicidade e Propaganda, ela continua a se aprimorar academicamente, mantendo-se atualizada com as últimas tendências e inovações no mundo da comunicação e do marketing. E desde 2023 faz parte do time de jornalistas do Gnewsusa. Adicionalmente, é importante ressaltar que Camila Fernandes desempenha o papel de CEO-Brasil no Jornal GnewsUSA, reforçando sua presença e influência no cenário da comunicação e do jornalismo.

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