O presidente dos EUA, Joe Biden, assinou nesta quarta-feira (9) uma ordem executiva que pretende restringir os investimentos em alta tecnologia de empresas dos EUA na China. Essa restrição enquadra chips de computador avançados, microeletrônica, tecnologias de informação quântica e inteligência artificial.
Joe Biden disse em uma carta ao Congresso que estava declarando uma emergência nacional para lidar com a ameaça de avanço de países como a China “em tecnologias sensíveis e produtos críticos para as capacidades militares, de inteligência, vigilância ou cibernéticas”. A maioria dos investimentos abrangidos pelo decreto exigirá que o governo seja notificado sobre eles. Algumas transações serão proibidas.
A restrição assinada por Biden cogita limitar a capacidade da China de usar os investimentos dos EUA em suas empresas de tecnologia para fortalecer suas Forças Armadas, ao mesmo tempo, em que preserva níveis mais amplos de comércio vitais para as economias de ambas as nações. A medida pode alimentar tensões entre as duas maiores economias do mundo, embora autoridades dos EUA insistam que as proibições têm a intenção de lidar com os riscos “mais agudos” à segurança nacional e não separar as economias altamente interdependentes dos dois países.
Chuck Schumer, o líder democrata do Senado, elogiou a ordem de Biden, e disse “por muito tempo, o dinheiro americano ajudou a alimentar a ascensão militar chinesa. Hoje os Estados Unidos estão dando um primeiro passo estratégico para garantir que o investimento americano não seja para financiar o avanço militar chinês”. Ele diz que o Congresso deve consagrar as restrições na lei e refiná-las.
O governo Biden afirma que não têm interesse em isolar a China, mas sim “abordar riscos específicos à segurança nacional”.
A implementação da ordem está programada para o próximo ano, após várias rodadas de audiências públicas e aperfeiçoamentos, incluindo um período inicial de 45 dias para coletar feedback.
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