Primeiro-ministro britânico anuncia Instituto de Segurança de IA para regulamentar riscos

Rishi Sunak lidera iniciativa global na cúpula sobre inteligência artificial

Por Camila Fernandes | GNEWSUSA

Em meio às crescentes preocupações com os riscos associados à inteligência artificial (IA), o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, revelou a criação do que ele afirma ser o pioneiro “Instituto de Segurança de IA” em nível mundial. O instituto terá como principal propósito analisar novos paradigmas de Inteligência Artificial e explorar suas possíveis implicações negativas.

Rishi Sunak argumenta que, embora a IA ofereça numerosos benefícios teóricos, ela também pode acarretar riscos substanciais. Ele ressalta que, se a abordagem for equivocada, a IA poderá facilitar a fabricação de armas químicas ou biológicas, possibilitando que grupos terroristas propaguem o medo e a destruição em uma escala ainda maior. Além disso, criminosos podem explorar a IA para perpetrar ataques cibernéticos, disseminar desinformação, cometer fraudes ou até mesmo se envolver em abuso sexual infantil. Nos cenários mais extremos e improváveis, existe o risco de a humanidade perder o controle total sobre a IA, como acontece com o conceito de superinteligência.

O primeiro-ministro Sunak destaca que “os governos são os únicos capacitados a assegurar a proteção das pessoas contra os riscos da IA e essa responsabilidade não deve ser delegada às empresas de tecnologia que a desenvolvem”.

Na semana seguinte, o Reino Unido será o anfitrião de uma cúpula global dedicada à IA, na qual líderes mundiais e especialistas se reunirão com o objetivo de forjar uma compreensão compartilhada sobre essa nova tecnologia e explorar as melhores maneiras de regulamentá-la. Entre os objetivos da cúpula, destaca-se a forte pressão pela criação da primeira declaração internacional abordando a natureza dos riscos associados à IA.

Diante do panorama atual, o Instituto de Segurança de IA e a cúpula global demonstram o compromisso do Reino Unido em liderar esforços internacionais para controlar e orientar o desenvolvimento da inteligência artificial, com o intuito de garantir seu uso benéfico e evitar possíveis consequências prejudiciais.

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