Por Schirley Passos
Em um cenário de profunda crise econômica, os argentinos optaram por uma mudança radical ao eleger Javier Milei no último domingo (19). O candidato ultraliberal conquistou a presidência com 55,7% dos votos, superando o candidato governista e ministro da Economia, Sergio Massa, que obteve 44,3%.
Milei, defensor da dolarização e do fechamento do Banco Central, assume a liderança com a promessa de enfrentar desafios significativos, incluindo a redução da inflação e o manejo da dívida do país. No entanto, sua falta de maioria no Congresso pode complicar a implementação de suas propostas, exigindo negociações além de seus aliados.
Após uma derrota histórica de 40 anos, o peronismo agora se encontra na oposição, planejando mobilizar parte da sociedade argentina para pressionar o novo presidente. A perspectiva de Milei de viajar aos Estados Unidos e Israel antes da posse levanta questões sobre sua orientação geopolítica, destacando seu alinhamento com Washington e Tel Aviv, enquanto critica a participação argentina nos Brics e promete a retirada do Mercosul.
Em meio a agitação geopolítica, a bandeira de Israel foi erguida por Milei durante a campanha, em um contexto em que o país do Oriente Médio enfrenta conflitos com o Hamas. Com a promessa de uma postura internacional distinta, a Argentina sob a liderança de Milei se encaminha para uma nova fase, marcada por desafios econômicos e mudanças nas relações internacionais.
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