Delegado do Rio Condenado por Propina e Fraude: Prisão em Regime Fechado

Foto/Reprodução

Maurício Demétrio Afonso Alves liderou esquema de propina e manipulação policial para incriminar autoridades, resultando em nove anos e sete meses de prisão.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

Na última quinta-feira, 4, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) proferiu sentença condenatória contra o delegado da Polícia Civil, Maurício Demétrio Afonso Alves, por liderar um esquema de corrupção envolvendo propina e operações policiais fraudulentas. A decisão, que também determina a perda do cargo público, foi divulgada nessa segunda-feira, 8.

Esquema de Propina e Fraude Desvendado

Segundo as investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o delegado teria chefiado um esquema de extorsão a lojistas da Rua Teresa, polo comercial têxtil de Petrópolis. O modus operandi envolvia a cobrança de propina para permitir a venda de roupas falsificadas. A recusa dos comerciantes em pagar resultava em diligências policiais baseadas em provas forjadas e laudos falsos.

Prisão e Desdobramentos da Operação Carta de Corso

Maurício Demétrio encontra-se detido desde 2021 e, conforme a sentença, não terá o direito de recorrer em liberdade. A operação que desvendou o esquema, denominada Operação Carta de Corso, teve início no mesmo ano e culminou na prisão do próprio delegado. Em 2022, o ex-secretário de Estado de Polícia Civil, Allan Turnowski, também foi detido sob a acusação de colaborar com as operações fraudulentas.

Alto Padrão de Vida e Manipulação Midiática

O juiz da 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa, Bruno Monteiro Rulière, destacou na sentença o alto padrão de vida de Maurício, considerado incompatível com sua remuneração como delegado. O magistrado acusou o réu de usar sua posição e a estrutura policial para instaurar investigações fraudulentas contra autoridades.

Impactos na Sociedade e Vítimas Caluniadas

A decisão judicial ressalta que Maurício Demétrio aproveitou-se da exposição midiática proporcionada por sua função para difamar publicamente suas vítimas. O delegado terá que responder pelos danos causados pelas falsas acusações, que possivelmente danificaram irreversivelmente a reputação de determinadas pessoas.

A condenação reforça a importância do combate à corrupção no sistema policial, buscando preservar a integridade das instituições e restaurar a confiança da sociedade na Justiça.

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