Ex-primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, e esposa condenados a 14 anos de prisão por venda ilegal de presentes do Estado

Foto: Wiki Commons.
Reviravoltas políticas no Paquistão, a prisão de Imran Khan expõe tensões e questiona a credibilidade do Sistema Judicial
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

Um tribunal anticorrupção do Paquistão impôs uma sentença de 14 anos de prisão ao ex-primeiro-ministro Imran Khan e sua esposa, Bushra Khan, em meio a acusações de venderem ilegalmente presentes do Estado. Esta decisão ocorreu um dia após Khan ser condenado a 10 anos de prisão em outro caso. A sentença inclui uma desqualificação de 10 anos para ocupar cargos públicos. Bushra Khan, conhecida como Bushra Bibi, foi autorizada a cumprir sua pena em casa, na mansão de Khan em Islamabad, enquanto este permanece detido em Rawalpindi.

Khan havia sido preso previamente por 10 anos na terça-feira(30/01), sob a acusação de revelar segredos de Estado, coincidindo com a proximidade das eleições gerais de 8 de fevereiro. A equipe de comunicação de Khan negou as acusações, alegando que o sistema judicial estava sendo desmantelado.

O advogado de Khan, Intezar Panjutha, afirmou que o veredicto é falso. O casal enfrentou acusações de vender presentes no valor de mais de 140 milhões de rúpias (501 mil dólares) recebidos durante seu mandato (2018-2022) do tesouro estadual conhecido como “Toshakhana”. Autoridades governamentais alegaram que os presentes foram vendidos em Dubai, incluindo itens como perfumes, joias, jogos de jantar e relógios Rolex.

Ex-primeiro-ministro Imran Khan e sua esposa, Bushra Khan. Foto: Reprodução.

Esta é a terceira condenação proferida a Khan nos últimos meses. O National Accountability Bureau (NAB), órgão anticorrupção do país, conduziu a investigação que levou ao veredicto. A condenação de Bushra é vista como uma tentativa de pressionar Khan ainda mais.

Os partidos rivais, como a Liga Muçulmana do Paquistão-Nawaz (PML-N) e o Partido Popular do Paquistão (PPP), saudaram a decisão. O filho de Benazir Bhutto, Bilawal-Bhutto Zardari, líder do PPP, chamou as convicções de Khan de “carma”. A repressão política intensificou-se, e a polícia foi posicionada em frente aos escritórios do partido de Khan em Islamabad e Lahore.

O ex-primeiro-ministro afirma que a repressão é apoiada pelos militares, que negam as acusações. A National Accountability Bureau (NAB) tem histórico de julgar e prender primeiros-ministros desde 2008, alimentando tensões políticas no país. A violência aumentou antes das eleições, com relatos de um candidato apoiado por Khan baleado e morto em uma região fronteiriça com o Afeganistão.

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