
Condenado por assassinato do primo e sua noiva, Cantu mantinha insistência em sua inocência
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
Na última quarta-feira (28), o estado do Texas executou Ivan Cantu por injeção letal, condenado por assassinar seu primo, James Mosqueda, e a noiva dele, Amy Kitchen, em 2000. Cantu, que afirmava sua inocência, passou mais de 20 anos na prisão antes da execução.
Cantu, de 50 anos, foi morto por injeção letal, com a hora da morte registrada como 18h47, segundo o Departamento de Justiça Criminal do Texas em comunicado à imprensa. Sua execução ocorreu depois que um tribunal federal de apelações se recusou a interromper o planejamento da aplicação da injeção letal.
A advogada de Cantu, Gena Bunn, não recorreu ao caso para a Suprema Corte dos EUA, afirmando que a equipe do preso “não poderia encontrar um caminho viável a seguir”, após a decisão do Tribunal de Apelações do Quinto Circuito na terça-feira à noite. O governador do Texas, Greg Abbott, poderia, no máximo, ter concedido a Cantu um adiamento único de 30 dias, o que não fez.
Durante semanas, Cantu e seus defensores, incluindo três jurados no caso, pediram a suspensão da execução para apresentar argumentos que, segundo eles, demonstrariam sua inocência. Entre seus apoiadores estavam a estrela de reality show Kim Kardashian, o ator Martin Sheen e a ativista anti-pena de morte Irmã Helen Prejean.
A mãe de Cantu, Sylvia Cantu, continuava convencida da inocência de seu filho, dizendo: “Ainda tenho esperança de que eles apertem o botão de pausa e permitam que o advogado de Ivan vá lá e apresente as evidências que ela possui, e, com sorte, seja capaz de inocentá-lo”.
Cantu e seu advogado alegaram que testemunhos falsos foram apresentados no julgamento pelas principais testemunhas do estado, incluindo uma que se retratou, e que evidências recentemente descobertas apoiam um relato que Cantu contou no momento dos assassinatos, sugerindo que Mosqueda foi alvo e morto por rivais que também ameaçaram Cantu por causa das supostas dívidas de seu primo.
Os procuradores, no entanto, rejeitaram estas alegações, citando as “evidências inegáveis” apresentadas no julgamento, incluindo a impressão digital de Cantu na arma usada nos assassinatos e sangue encontrado em jeans pertencentes às vítimas.
A execução de Cantu ocorreu pouco depois de as autoridades de Idaho suspenderem a injeção letal de Thomas Creech, de 73 anos, devido à dificuldade em encontrar uma veia para a aplicação da pena de morte. Esses eventos destacam os desafios enfrentados pelos estados na aplicação da pena de morte.
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