Audiência revela debate intenso sobre a 14ª Emenda e seu impacto nas eleições presidenciais
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Em uma audiência realizada nesta quinta-feira, a Suprema Corte dos Estados Unidos sinalizou uma possível reversão da inelegibilidade do ex-presidente Donald Trump para as primárias da eleição presidencial de 2024 no Colorado. O presidente da Suprema Corte, John Roberts, destacou que a decisão do Colorado entra em conflito com a 14ª Emenda da Constituição americana, gerando um debate crucial sobre o poder estadual versus o federal.
“O objetivo da 14ª Emenda era restringir o poder do Estado. Por outro lado, aumentou o poder federal”, declarou Roberts durante a audiência. A discussão sobre a aplicação dessa emenda ganhou destaque após Trump se tornar réu por supostamente instigar a invasão ao Capitólio em janeiro de 2021.
A juíza Elena Kagan levantou a preocupação sobre a influência de um único estado na escolha do presidente dos Estados Unidos. “A questão que temos de enfrentar é por que um único Estado deveria decidir quem será o presidente dos Estados Unidos”, questionou Kagan, sublinhando a dimensão nacional do debate.
O juiz Brett Kavanaugh abordou os impactos da decisão, destacando o direito do povo de eleger candidatos de sua escolha. “Pense no direito do povo de eleger candidatos de sua escolha, de deixar o povo decidir, porque a sua posição tem o efeito de privar os eleitores em um grau significativo”, ressaltou Kavanaugh.
A decisão da Suprema Corte do Colorado, emitida em dezembro, inicialmente afeta as primárias do Partido Republicano no estado, agendadas para 5 de março. Contudo, a manutenção da decisão poderia estender seus efeitos para a eleição geral em novembro. A audiência revelou preocupações com um possível efeito cascata em outros estados, reforçando a importância desta deliberação para o cenário político americano. O desfecho aguarda a decisão final da Suprema Corte dos Estados Unidos, sem data definida até o momento.
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