O México proibiu importações; medida também busca proteger variedades nativas do país
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
O Governo do México, para proteger a saúde dos cidadãos e as variedades de milho nativas do país, decidiu proibir a importação do grão geneticamente modificado dos Estados Unidos definitivamente a partir de 2024. A decisão faz parte de um decreto assinado pelo presidente López Obrador em 2020.
A alegação do país, que iniciou o cultivo há quase 10 mil anos, é que as sementes ameaçam as tradições agrícolas e a identidade cultural mexicana, informa a publicação da National Geographic desta semana.
Outro motivo da preocupação é o glifosato, agrotóxico usado nas plantações americanas que, de acordo com cientistas, pode causar câncer. A substância é encontrada no Roundup, da Bayer.
Do outro lado, os Estados Unidos contestam a decisão. Além da defesa sobre o produto, alegam que a proibição dos Organismos Geneticamente Modificados (OGM) viola o acordo comercial dos países, e que o México não forneceu provas científicas sobre a qualidade do produto.
Em 2022, o vice-ministro da Agricultura, Victor Suarez, disse em entrevista à Reuters que a redução do milho importado seria compensada com o aumento da produção doméstica e a procura de acordos com novos produtores americanos e também argentinos e brasileiros.
A Food and Drug Administration, agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, afirma que os alimentos OGM “são cuidadosamente estudados antes de serem vendidos ao público e que pesquisas demonstram que são tão seguros como os alimentos sem modificação genética.
Ainda conforme informações, a maior parte do milho importado do território americano tem a alimentação animal e a indústria como destino e não o uso em dietas.
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