
Pontífice condena a guerra e exorta líderes a buscar soluções pacíficas para os conflitos
Por Ana Raquel | GNEWSUSA
O Papa Francisco mais uma vez ergueu sua voz contra a insanidade da guerra, em meio a uma crescente polêmica envolvendo a crise na Ucrânia. Durante sua audiência semanal na Praça da Basílica de São Pedro, o pontífice condenou veementemente todos os conflitos armados, expressando preocupação com o sofrimento das vítimas e apelando pela reconciliação e paz.
A controvérsia surgiu após declarações recentes do Papa, que pareciam sugerir uma abordagem diplomática na resolução do conflito entre a Ucrânia e a Rússia. Embora suas palavras tenham irritado autoridades em Kiev e capitais ocidentais, Francisco reafirmou sua posição, instando ambas as partes a buscar uma solução pacífica para o impasse.
Durante a audiência, o Papa Francisco pediu à Ucrânia que demonstrasse coragem ao “mostrar a bandeira branca” e iniciar negociações de paz com a Rússia. No entanto, seu vice, cardeal Pietro Parolin, esclareceu que o fim da agressão russa deve preceder qualquer tentativa de diálogo.
“Muitos jovens, muitos jovens vão [à guerra] para morrer”, lamentou o pontífice. Em um apelo emocionado, ele pediu às pessoas de todo o mundo que se unissem em oração pela superação desta “loucura da guerra”, que ele descreveu como uma derrota para toda a humanidade.
Em meio às discussões sobre o conflito, a Embaixada da Rússia junto à Santa Sé parabenizou o Papa Francisco pelo 11º aniversário de sua eleição, elogiando-o como um defensor sincero da paz e dos valores humanitários. No entanto, enquanto as congratulações eram enviadas, Francisco recebia um rosário e uma cópia dos Evangelhos que pertenciam a um soldado ucraniano falecido em combate.
A história por trás desses objetos sagrados revela a profundidade do sofrimento humano causado pelo conflito na Ucrânia. A irmã Lucia Caram, uma freira argentina, compartilhou nas redes sociais que o soldado de 23 anos morreu em Avdiivka, uma cidade capturada pelos russos no mês passado. O Papa, visivelmente comovido, beijou o rosário e manifestou sua solidariedade ao povo ucraniano, sofrendo pelo martírio de seus compatriotas invadidos e cruelmente atacados.
Francisco, com 87 anos e enfrentando problemas de mobilidade e respiratórios, limitou seu discurso durante a audiência, delegando a leitura de seus textos preparados a um assessor. Mesmo assim, ele aproveitou a oportunidade para informar aos fiéis que estava “um pouco resfriado”.
Em um mundo assolado por conflitos e divisões, as palavras e ações do Papa Francisco ecoam como um chamado à consciência e à compaixão. Enquanto ele continua sua luta incansável pela paz, suas mensagens ressoam como uma luz de esperança em meio à escuridão da guerra.
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