Revolta em Cuba: Protestos contra a fome e o apagão desafiam a ditadura

Cubanos saem às ruas exigindo comida e eletricidade em meio a uma profunda crise econômica e política.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

No último domingo, 17 de março, Cuba testemunhou uma onda de protestos em várias partes do país, refletindo a crescente indignação da população diante da escassez de alimentos, da falta de energia elétrica e do aumento dos preços dos combustíveis e do transporte. Estes protestos massivos representam um desafio significativo para o regime, liderado por Miguel Díaz-Canel, que há muito tempo enfrenta críticas por sua gestão.

As manifestações, que foram particularmente intensas na segunda maior cidade de Cuba, Santiago, onde os apagões duravam mais de 18 horas por dia, expressaram a frustração generalizada com as condições de vida precárias enfrentadas pelos cubanos. Os protestos também foram acompanhados por interrupções ou limitações no serviço de internet, sinalizando uma tentativa de conter a disseminação das informações sobre os eventos.

Enquanto os manifestantes clamavam por comida e eletricidade, o líder do regime, Miguel Díaz-Canel, atribuiu a crise ao embargo dos Estados Unidos e pediu calma à população. No entanto, sua tentativa de justificar a situação foi recebida com ceticismo, com muitos cubanos expressando descontentamento com as políticas do governo e exigindo mudanças reais.

Embora os protestos tenham se concentrado principalmente em Santiago, relatos de manifestações também surgiram de outras cidades, incluindo Havana e Miami, onde cubanos com dupla cidadania se reuniram para expressar solidariedade aos seus compatriotas na ilha. A comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, tem monitorado de perto os eventos e instado o regime cubano a respeitar os direitos humanos dos manifestantes.

A crise econômica em Cuba é evidente nos números oficiais, com a economia encolhendo 2% no último ano e uma inflação alarmante de 30%. No entanto, muitos acreditam que essas estatísticas podem subestimar a verdadeira extensão da crise. Enquanto o governo cubano culpa o embargo dos Estados Unidos e as sanções americanas pela situação atual, os protestos recentes destacam a urgente necessidade de reformas políticas e econômicas profundas para atender às demandas do povo cubano e restaurar a estabilidade do país.

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