Casas inundadas perto do rio Taquari após fortes chuvas na cidade de Encantado, no Rio Grande do Sul.
Crédito: Diego Vara
Barragem 14 de Julho em Cotiporã colapsa parcialmente, levando autoridades a emitirem alerta para moradores de regiões próximas ao Rio Taquari buscarem abrigos.
Na tarde desta quinta-feira (2), ocorreu o rompimento parcial da barragem 14 de Julho, localizada na cidade de Cotiporã, no Rio Grande do Sul. Esse incidente causou preocupação e levou as autoridades a emitirem ordens para que os moradores de algumas cidades próximas buscassem abrigos.
A Defesa Civil emitiu um comunicado alertando os moradores de regiões próximas ao Rio Taquari para que saiam de suas casas. As cidades de Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado, Colinas e Lajeado estão entre as áreas de risco. A barragem está em processo de colapso, e a Defesa Civil está trabalhando em conjunto com as forças de resposta para garantir a segurança das famílias e retirá-las das áreas de perigo.
O governador do estado, Eduardo Leite, informou que houve o rompimento da ombreira direita da barragem 14 de Julho. Ele ressaltou que não há possibilidade de uma enxurrada devido aos níveis elevados do trecho anterior e seguinte à barragem.
No entanto, o rio ficará com curso livre, o que aumenta o risco de enchentes nas cidades a partir de Santa Bárbara. O vice-governador, Gabriel Souza, também divulgou um vídeo alertando a população sobre o rompimento e pedindo que saiam de casa imediatamente. Ele enfatizou a gravidade da situação e a necessidade de seguir as orientações para evitar perdas de vidas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou ao Rio Grande do Sul nesta quinta-feira, chegando à base aérea de Santa Maria por volta de 10h40. Ele está reunido com autoridades locais, incluindo o governador, o prefeito de Santa Maria e outras lideranças, para discutir as medidas de resposta aos desastres. O sobrevoo às áreas afetadas foi cancelado devido às condições climáticas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou ao Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (02/5) juntamente com o prefeito de Santa Maria e outras lideranças, para discutir as medidas de resposta aos desastres. Foto: Reprodução.
Para aqueles que não têm locais alternativos, a orientação é buscar a Defesa Civil de sua cidade para obter informações sobre abrigos públicos disponibilizados pelas prefeituras, rotas de fuga e pontos de segurança.
A Ceran (Companhia Energética Rio das Antas) informou que o Plano de Emergência foi acionado e que as barragens de Monte Claro e Castro Alves estão em estado de atenção e sendo monitoradas.
Segundo informações fornecidas pela Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Brigada Militar (BM), as fortes chuvas no Rio Grande do Sul resultaram em 31 mortes, 21 pessoas desaparecidas e mais de 44,6 mil cidadãos impactados em 134 cidades. Além disso, os abrigos estão recebendo um total de 3.079 pessoas, e há 5.257 desalojados.
Vista aérea de área inundada perto do rio Taquari, na cidade de Encantado, no Rio Grande do Sul Crédito: Diego Vara.
Conforme os boletins atualizados subiu para 31 o numero pessoas que perderam a vida devido às enchentes e deslizamentos de terra causados pelas chuvas intensas. As equipes de resgate continuam em busca dos 21 desaparecidos, enquanto os feridos somam 12.
Os dados divulgados pela Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Brigada Militar (BM) nesta quinta-feira (02/5), refletem a gravidade da situação enfrentada pelo estado diante dessas condições climáticas extremas. A população afetada chega a mais de 44,6 mil pessoas, que enfrentam dificuldades e prejuízos causados pelos danos às suas residências e infraestruturas locais.
Força Aérea Brasileira resgata família após tempestades no Rio Grande do Sul. Crédito: FAB
A situação de emergência levou à abertura de abrigos temporários, que atualmente acolhem 3.079 pessoas que foram desalojadas de suas casas. Além disso, cerca de 14,5 mil moradores estão fora de suas residências, buscando apoio com familiares e amigos.
As autoridades continuam mobilizadas para prestar assistência às vítimas e minimizar os impactos causados pelas chuvas. A solidariedade e a cooperação da comunidade são fundamentais nesse momento de reconstrução e apoio às famílias afetadas por essa tragédia.
Faça um comentário