
Agressor sírio é hospitalizado após incidente; segurança da embaixada é reforçada enquanto tensão regional cresce.
Por Ana RaquelGNEWSUSA
Beirute, 5 de junho de 2024 — Um homem armado disparou contra a Embaixada dos Estados Unidos no Líbano nesta quarta-feira, resultando em uma troca de tiros com tropas libanesas. O exército libanês confirmou que o agressor, identificado como um cidadão sírio, foi ferido no estômago e levado ao hospital para tratamento. As autoridades estão conduzindo buscas na área para garantir a segurança.
A Embaixada dos EUA, localizada ao norte de Beirute em uma zona altamente segura, relatou que disparos de armas leves foram ouvidos perto de sua entrada pela manhã. “As instalações e os funcionários estão seguros”, afirmou a embaixada em comunicado. Uma fonte de segurança informou à Reuters que um membro da equipe de segurança da embaixada também ficou ferido durante o ataque.
O incidente ocorreu em uma área com vários postos de controle ao longo do caminho até a entrada da embaixada. A embaixada foi transferida para essa localização após um ataque suicida em 1983, que resultou na morte de mais de 60 pessoas.
Este não é o primeiro incidente envolvendo a embaixada nos últimos meses. Em setembro, tiros foram disparados nas proximidades da embaixada, embora não houvesse relatos de feridos. Em outubro, dezenas de manifestantes se reuniram em frente à embaixada para protestar nos primeiros dias da guerra em Gaza, sendo dispersados por forças de segurança libanesas com gás lacrimogêneo e canhões de água.
O Líbano tem sido palco de intensos conflitos entre o Hezbollah, grupo militante apoiado pelo Irã, e Israel desde outubro, em paralelo à guerra em Gaza. A escalada das hostilidades tem provocado o deslocamento de dezenas de milhares de pessoas em ambos os lados da fronteira entre Israel e Líbano, temendo um aprofundamento do conflito.
Em resposta à crescente violência, os Estados Unidos têm intensificado seus esforços diplomáticos para aliviar as tensões ao longo da fronteira. O incidente de hoje ressalta a fragilidade da segurança na região e a necessidade de uma solução diplomática duradoura para evitar uma escalada maior do conflito.
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