Tensões aumentam no mar do Sul da China com atitudes desestabilizadoras de Pequim, afirma oficial dos EUA

Daniel Kritenbrink critica ações chinesas no Mar do Sul da China como "desestabilizadoras" durante visita a Hanói.
Secretário de Estado assistente Daniel Kritenbrink critica ações chinesas durante visita ao Vietnã
Por Ana Raquel |GNEWSUSA

A situação no Mar do Sul da China é profundamente preocupante, segundo pontuou o Secretário de Estado assistente dos EUA para Assuntos do Leste Asiático e do Pacífico, Daniel Kritenbrink. Neste sábado 22 de junho, durante uma visita a Hanói, capital do Vietnã, Kritenbrink destacou que as recentes ações da China na área foram “profundamente desestabilizadoras”.

Kritenbrink fez esses comentários em meio ao aumento da tensão entre a China e as Filipinas no Mar do Sul da China. “Acreditamos que as ações da China, particularmente suas ações recentes, em torno do Second Thomas Shoal, em relação às Filipinas, têm sido irresponsáveis, agressivas, perigosas e profundamente desestabilizadoras”, avaliou o oficial em Hanói. “Continuaremos ao lado de nossos aliados filipinos”, disse Kritenbrink, acrescentando que Washington deixou claro para Pequim, tanto publicamente quanto em privado, que as obrigações do tratado de defesa mútua com as Filipinas são “rígidas”.

Na sexta-feira 21 de junho, autoridades filipinas afirmaram que não consideraram a possibilidade de invocar o tratado de defesa mútua com os EUA, mesmo após acusarem a China de interromper agressivamente uma missão de reabastecimento no Mar do Sul da China no início deste mês. O Ministério das Relações Exteriores da China contestou a acusação das Filipinas, com um porta-voz dizendo na quinta-feira 20 de junho que as medidas necessárias tomadas foram legais, profissionais e irrepreensíveis.

A visita de Kritenbrink a Hanói ocorre em um momento crítico, destacando a crescente preocupação dos EUA com as atividades chinesas na região. “Só piratas fazem isso”, acusaram as Filipinas, referindo-se ao uso de armas brancas pela China no Mar do Sul da China. A situação continua tensa e está sendo acompanhada de perto por observadores internacionais e governos da região.

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