
O presidente dos EUA, Joe Biden, fala sobre uma troca de prisioneiros com a Rússia no State Dining Room da Casa Branca em Washington, DC, EUA
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
O governo dos Estados Unidos anunciou, na última quinta-feira (29), a retomada da concessão de permissões humanitárias para migrantes oriundos de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela. Essas permissões permitem que indivíduos desses países ingressem legalmente nos EUA, após uma suspensão temporária lógica, feita no início do mês, para investigar possíveis fraudes no processo.
O Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS) informou que, após um intervalo de quase quatro semanas, o programa foi reativado, permitindo a entrada mensal de até 30 mil migrantes dessas nações e a concessão de autorização de trabalho por um período de dois anos. O DHS também destacou que as medidas de triagem foram aprimoradas, com foco especial na análise dos patrocinadores que fazem a solicitação através do formulário conhecido como “parole”.
Em comunicado, o DHS falou sobre a implementação de uma verificação adicional para os patrocinadores nos EUA, como forma de fortalecer a integridade do processo.
O programa, que teve início no final de 2022 inicialmente voltado para cidadãos venezuelanos, foi progressivamente ampliado para incluir os outros três países, permitindo que quase meio milhão de migrantes chegassem ao território americano.
No dia 2 de agosto, as autorizações de viagem foram suspensas para que o DHS pudesse revisar os pedidos de patrocínio. Para participar do programa, os migrantes precisam contar com um patrocinador nos EUA que possua status legal e com recursos financeiros adequados para sustentar o beneficiário.
Entre as novas estratégias de verificação estão uma análise mais rigorosa dos registros financeiros e antecedentes criminais dos patrocinadores, além de mecanismos para identificar múltiplos pedidos oriundos de um único patrocinador. Para isso, a Diretoria de Detecção de Fraude e Segurança Nacional dos Serviços de Cidadania e Migração dos EUA e o Centro Nacional de Identificação de Alvos da Alfândega e Proteção de Fronteiras estão colaborando na criação de protocolos dedicados a essa identificação.
Além disso, agora o DHS exigirá a coleta de impressões digitais dos patrocinadores e reforçará as checagens de antecedentes dos potenciais beneficiários. Este programa, que tem enfrentado críticas e processos judiciais por parte da oposição conservadora, faz parte das iniciativas do governo Biden para controlar a migração na fronteira sul. Essas medidas, combinadas com as restrições ao asilo que têm sido implementadas nos últimos dois anos, contribuíram para a diminuição da prisão de migrantes desses quatro países na fronteira com o México.
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