Bomba: Membro do CNE da Venezuela confessa não ter provas da vitória de Maduro e expõe irregularidades

Juan Carlos Delpino denuncia irregularidades no processo eleitoral e afirma que não há provas suficientes para validar a vitória de Nicolás Maduro.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

Em um ato inesperado, Juan Carlos Delpino, membro do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, fez declarações contundentes sobre a última eleição presidencial, na qual Nicolás Maduro foi declarado vencedor. Em entrevista a um jornal norte-americano, Delpino revelou: “Não recebi nenhuma evidência de que Maduro de fato venceu a votação”. Essa afirmação levanta suspeitas sobre a legitimidade do processo eleitoral, ecoando as críticas da oposição e da comunidade internacional.

A denúncia de Delpino ocorre em meio a uma crescente repressão do governo de Maduro contra opositores, como o caso do ex-candidato Edmundo González Urrutia, que foi convocado para depor no Ministério Público. González, que já expressou desconfiança no sistema judicial venezuelano, acredita que não há garantias de um processo justo. Ele declarou publicamente: ” Ministério Público pretende submeter-me a uma entrevista sem especificar em que condição devo comparecer”.

O advogado Delpino, que foi nomeado para o CNE com o objetivo de dar uma aparência de legitimidade ao órgão eleitoral, descreveu a profunda decepção ao perceber que o processo foi conduzido de forma irregular. Ele declarou: “Estou envergonhado e peço perdão ao povo venezuelano. Porque todo o plano que foi tecido, realizar eleições aceitas por todos, não foi alcançado”. Delpino relatou que, no dia da votação, ao perceber que o presidente do CNE, Elvis Amoroso, iria anunciar uma vitória “irreversível” de Maduro sem provas, decidiu se afastar do conselho.

A oposição venezuelana, junto com a comunidade internacional, exige a apresentação das atas de votação, que até o momento não foram disponibilizadas pelo CNE. Esses documentos são cruciais para validar o resultado das eleições. Enquanto isso, Delpino, escondido por temer represálias, continua a defender que a resposta para a crise na Venezuela é democrática: “Acredito até hoje que a resposta para a Venezuela é democrática. A resposta é eleitoral.”

O governo de Maduro, por outro lado, continua a pressionar qualquer um que questione sua reeleição, com a prisão de mais de 2.400 pessoas durante protestos pós-eleitorais. O regime chavista, conhecido por controlar as instituições venezuelanas, enfrenta uma crescente desconfiança tanto interna quanto externa, com países como os EUA e o Brasil expressando sérias dúvidas sobre a legitimidade da vitória de Maduro.

Leia mais 

Doutoranda nos EUA enfrenta pena de morte acusada de homicídio de bebê de amiga

Polícia dos EUA descobre duas toneladas de metanfetaminas escondidas em melancias artificiais

Mauritânia em crise: a luta contra a prática de engordar meninas forçadamente em nome da tradição

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*