A maior ofensiva contra o garimpo ilegal no sul da Amazônia mobiliza agentes de segurança e indígenas na destruição de balsas nos rios Madeira, Aripuanã e Manicoré.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Uma das maiores operações de combate ao garimpo ilegal já realizadas no Amazonas, batizada de “Prensa”, resultou na destruição de 420 balsas e dragas utilizadas por garimpeiros nos rios Madeira, Aripuanã e Manicoré. A ação, que ocorreu entre os dias 20 e 25 de agosto, é uma parceria entre agentes de segurança e comunidades indígenas, que juntos intensificaram os esforços para frear a mineração ilegal na região sul da Amazônia.
A Operação Prensa se destaca pelo rigor e pela cooperação inédita entre forças de segurança e as comunidades indígenas locais, que têm sido essenciais para o sucesso das investidas. Indígenas que habitam áreas próximas aos locais de garimpo atuam como guias, levando os agentes até as dragas, que em seguida são destruídas com o uso de explosivos. Essa colaboração tem sido fundamental para a eficácia da operação, permitindo uma ação rápida e precisa contra as atividades ilegais.
Em meio à operação, houve um confronto entre garimpeiros e agentes, que culminou em disparos e prisões em flagrante. Apesar do confronto, os policiais envolvidos afirmam que o foco principal da operação é a destruição das dragas, e não as prisões. A operação visa também a coleta de informações de inteligência para identificar e deter os responsáveis pelos garimpos ilegais, com mandados de prisão sendo cumpridos posteriormente.
Ao longo dos seis dias de operação, o saldo de destruição foi significativo:
Dia 1: 131 dragas/balsas destruídas
Dia 2: 97 dragas/balsas destruídas
Dia 3: 75 dragas/balsas destruídas
Dia 4: 51 dragas/balsas destruídas
Dia 5: 45 dragas/balsas destruídas
Dia 6: 21 dragas/balsas destruídas
No total, 420 embarcações foram inutilizadas, marcando um duro golpe contra as atividades ilegais na região.
A Operação Prensa se tornou um marco na luta contra o garimpo ilegal na Amazônia, destacando-se pela cooperação entre as forças de segurança e as comunidades indígenas. Ao destruir as balsas, as autoridades visam desarticular as operações de mineração, que têm impactos devastadores sobre o meio ambiente e as populações locais. O sucesso da operação poderá influenciar ações futuras na região, ampliando o combate a crimes ambientais na Amazônia.
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