Plano Descoberto: Ivan Duque acusa Maduro de simular ataque hacker para forçar novo pleito eleitoral

Ex-presidente da Colômbia revela estratégia apoiada por Gustavo Petro para invalidar pleito na Venezuela sob alegação de ataque hacker.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

No último domingo (05), o ex-presidente da Colômbia, Ivan Duque, trouxe à tona uma denúncia séria contra o governo venezuelano liderado por Nicolás Maduro. Segundo Duque, Maduro estaria preparando um plano para convocar novas eleições na Venezuela, alegando que um ataque cibernético teria comprometido o sistema eleitoral, tornando necessário um novo pleito. A afirmação foi feita em um texto detalhado publicado na rede social X (anteriormente conhecida como Twitter).

Duque apontou que o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, estaria apoiando essa estratégia, que deve ser discutida com os governos do Brasil e do México nas próximas horas. A preocupação de Duque gira em torno da possibilidade de que integrantes do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela estariam “estudando a possibilidade de declarar nulas as eleições” devido ao suposto ataque hacker. Esse ataque, de acordo com Maduro, teria origem na Macedônia do Norte e serviria como uma “cortina de fumaça” para não reconhecer a derrota nas urnas.

“O TSJ afirmará que consultou uma ou duas empresas especializadas em cibersegurança”, afirmou Duque, destacando o potencial de manipulação da situação. “Conseguir um relatório técnico forense de cibersegurança de uma empresa especializada não será difícil; dinheiro não falta, e o dinheiro compra quase tudo”, escreveu ele.

O cenário, caso se confirme, poderia beneficiar o regime chavista ao invalidar uma eleição em que a oposição alega ter vencido, com Edmundo González Urrutia obtendo 67% dos votos, de acordo com mais de 80% das atas eleitorais apresentadas. Para corroborar a versão de Maduro, o TSJ poderia usar relatórios técnicos que sustentem a alegação de perda de dados devido ao ataque.

Duque descreveu quatro etapas do plano de Maduro:

  •  Redução da Tensão: Com a anulação das eleições, não haveria razão para protestos.
  • Eliminação das Alegações de Fraude: O ataque cibernético justificaria a alteração dos dados eleitorais.
  • Agradar a Comunidade Internacional: A convocação de um novo processo eleitoral buscaria demonstrar comprometimento com a democracia.
  • Preparação do Regime para Nova Eleição: O chavismo teria quatro meses para se reorganizar e garantir a vitória em um novo pleito.

“Este plano deve ser evitado. Edmundo González é o presidente eleito pelo povo, como demonstram 82% das atas publicadas pelas valentes testemunhas eleitorais da resistência democrática. Este resultado evidencia uma vitória esmagadora. O veredito do povo deve ser respeitado. Chega de truques da ditadura! Venezuela livre!”, declarou Duque em sua publicação.

 

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