
Parlamentares da direita se mobilizam por CPI e impeachment após denúncia de atuação irregular do ministro do STF no combate à desinformação.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
A mais recente denúncia contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), trouxe à tona a insatisfação crescente de diversos parlamentares da direita. Segundo reportagens, o gabinete de Moraes teria solicitado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) investigações de forma não oficial contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, suscitando reações imediatas.
Liderando o movimento por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou duramente as supostas ações de Moraes, afirmando que elas “ferem a lei e refletem uma atitude arbitrária”. Em seu discurso no Senado, Girão foi enfático: “Todas essas ilegalidades, arbitrariedades e abuso de autoridade só estão acontecendo por omissão desta Casa, mas o mundo já começa a ver, com denúncias de parlamentares estrangeiros. Organizações internacionais recebendo a informação de que o Brasil não vive uma democracia, vive uma ditadura da toga.”
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) também se posicionou, classificando as ações do ministro como uma ameaça direta à democracia: “A defesa da democracia, o rito processual, a legítima defesa, literalmente, foi para o ralo. Então, não me espanta que a esquerda esteja calada, mas aqueles que são amantes de ditadores logo mais serão vítimas dela.”
A mobilização inclui ainda a deputada Bia Kicis (PL-DF), que revelou nas redes sociais que as lideranças da oposição e da minoria na Câmara dos Deputados estão unidas para adotar medidas legais contra Moraes. “O Brasil exige respostas além das notas”, declarou Bia, destacando a necessidade de uma resposta contundente ao escândalo.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por sua vez, destacou que as revelações podem ser um indicativo claro de perseguição política. “Se o que está escrito na Folha de S.Paulo for verdade, está provada a perseguição contra Jair Bolsonaro e contra a direita. É preciso ir a fundo nessa história”, disse Flávio, ressaltando que a denúncia não afeta apenas seu pai, mas a própria estabilidade das instituições democráticas do Brasil.
A denúncia feita, relata que o gabinete de Moraes teria feito ao menos 20 solicitações informais ao setor de combate à desinformação do TSE entre agosto de 2022 e maio de 2023. Essas solicitações teriam servido para embasar decisões em inquéritos relacionados às milícias digitais e fake news. A revelação desses supostos 6 gigabytes de mensagens e arquivos levantou questionamentos sobre a imparcialidade e a legalidade das ações do ministro, acendendo um novo debate sobre os limites do poder judiciário e a necessidade de accountability no Brasil.
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