
Parlamentar critica a postura do Senado e alerta sobre a insatisfação popular diante dos supostos abusos do ministro do STF.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O senador Eduardo Girão (Novo-CE), durante pronunciamento realizado na última terça-feira (10), chamou a atenção para os recentes atos públicos organizados em várias capitais brasileiras no feriado de 7 de setembro, especialmente em São Paulo, onde manifestantes pediram o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar afirmou que a população está cada vez mais indignada com a postura do Senado, acusando-o de ser “omisso em relação aos abusos praticados pelo ministro”.
“A população foi para as ruas com muita esperança, com muita fé, e nós não vamos decepcioná-la, porque nós precisamos, pelos nossos filhos e netos, pelas futuras gerações, reequilibrar os Poderes da República, porque o que está acontecendo hoje é brincadeira”, afirmou Girão.
O senador também mencionou o contraste observado nas comemorações do 7 de setembro em diferentes locais do país, apontando que “em Brasília, [havia] uma democracia sem povo, e nas da Avenida Paulista o povo sem democracia, porque esta é a grande realidade: o temor dessas pessoas que estão censuradas nas suas redes sociais”.
Na segunda-feira (9), Girão lembrou que um grupo de parlamentares, junto a juristas, entregou ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o que chamou de “superpedido de impeachment, o maior da história do Senado Federal”, assinado por deputados federais. O senador enfatizou que, apesar de 34 senadores já terem demonstrado apoio público à urgência do pedido, muitos optaram por não assinar o documento, já que cabe exclusivamente ao Senado o julgamento de processos de impeachment contra ministros do Supremo.
“É muito importante que o Senado analise isso. Não temos clima para outras matérias. Podemos até fazer virtualmente hoje, amanhã, mas, dentro do plenário, não tem mais clima, porque a sociedade cobra, e essa resposta tem que ser dada à população”, ressaltou Girão.
Concluindo sua fala, o parlamentar expressou sua preocupação com o atual cenário político e jurídico do país, destacando que “chegamos ao fundo do poço” e que a situação “está insustentável”. Ele defendeu que a sociedade precisa de uma resposta clara em relação à censura e aos ataques aos direitos dos cidadãos.
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