
A queda da população de morcegos na América do Norte levou a um aumento do uso de pesticidas por agricultores como método alternativo para proteger seus cultivos de insetos, o que resultou em um aumento da mortalidade infantil humana, revela estudo
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Um estudo publicado comprova que o declínio da biodiversidade pode ter sérias consequências para os seres humanos. Eyal Frank, da Universidade de Chicago, destacou que a perda de espécies pode resultar em impactos catastróficos, embora tais previsões nunca tenham sido validadas empiricamente devido à dificuldade de manipular ecossistemas em grande escala.
A pesquisa se baseou em uma “experiência natural”: a propagação da síndrome do nariz branco (WNS), que afeta os morcegos e começou a se espalhar nos EUA em 2006. Essa doença faz com que os morcegos despertem da hibernação e morram de fome.
Frank analisou o aumento do uso de pesticidas em áreas afetadas pela diminuição da população de morcegos e constatou que, com mais pesticidas, a mortalidade infantil aumentou em 8%, resultando em 1.334 óbitos adicionais. Ele sugere que a contaminação de água e ar pode estar relacionada a essa mortalidade.
Frank argumenta que esses dados apoiam a hipótese de que a mortalidade dos morcegos está diretamente relacionada ao aumento da mortalidade infantil.
Ele enfatiza a necessidade de proteger os morcegos e melhorar o monitoramento de pesticidas no ambiente. Apesar do desenvolvimento de vacinas contra a WNS, os morcegos enfrentam ameaças como a perda de habitat e mudanças climáticas.
O estudo se alinha a outras pesquisas que mostram que a perda da biodiversidade afeta ecossistemas e a saúde humana, como o aumento da malária devido à diminuição de anfíbios e serpentes na América Central.
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