
Recompensa aumentaria com base em bens já apreendidos do líder venezuelano, segundo proposta do republicano.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O senador republicano Rick Scott apresentou uma nova proposta legislativa, conhecida como Lei Stop Maduro, com o objetivo de ampliar a recompensa oferecida pelos Estados Unidos por informações que levem à captura do presidente venezuelano Nicolás Maduro. Atualmente fixada em US$ 15 milhões (aproximadamente R$ 82,7 milhões), a nova legislação propõe elevar esse valor para US$ 100 milhões (cerca de R$ 551 milhões).
A ideia de Scott é que a recompensa seja paga a partir dos bens já confiscados de Maduro pelos Estados Unidos, incluindo ativos recentemente apreendidos. Em setembro, por exemplo, autoridades americanas apreenderam uma aeronave utilizada pelo líder venezuelano. “Em 2020, o governo Trump fez a coisa certa ao oferecer uma recompensa de até US$ 15 milhões, mas é hora de aumentar a aposta. Minha lei aumentará a recompensa máxima”, afirmou o senador.
O Departamento de Justiça dos EUA já confiscou aproximadamente US$ 450 milhões em bens de Maduro, de acordo com o procurador do Sul da Flórida, o que, para Scott, viabiliza o aumento da recompensa sem novos custos para os cofres norte-americanos.
A proposta tem o apoio de outros congressistas, como Mario Diaz-Balart e Debbie Wasserman Schultz, que também defendem uma postura mais rígida em relação ao regime de Maduro.
Tensão entre EUA e Venezuela
A relação entre os Estados Unidos e a Venezuela tem se deteriorado continuamente, especialmente desde as eleições venezuelanas de julho. O governo dos EUA foi um dos primeiros a questionar a legitimidade do processo eleitoral conduzido pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que anunciou a reeleição de Nicolás Maduro. A falta de transparência, como a não divulgação das atas de votação, levou Washington a intensificar as sanções econômicas e diplomáticas contra o regime.
Essa proposta de aumentar a recompensa é mais um passo na tentativa de pressionar Maduro e seu governo. Desde o início de sua administração, Maduro tem sido alvo de sanções dos EUA, que questionam a legitimidade de seu governo e buscam isolar a Venezuela economicamente.
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